quarta-feira, 31 de julho de 2013

II Guerra Mundial - A Guerra das Máquinas (editar)

A grande inovação das táticas de combate terrestre durante a Segunda Guerra Mundial foi o desenvolvimento de divisões blindadas. De acordo com a doutrina da blitzkrieg, a guerra relâmpago, tanques apoiados pela aviação abriam brechas na linha inimiga, seguidos por peças de artilharias móveis e pela infantaria motorizada, transportada em veículos, a fim de explorar o rompimento da linha de frente. Frequentemente paraquedistas eram lançados para se apoderarem de importantes pontos estratégicos, à frente das colunas que avançavam. Em campo aberto, como na Rússia, França no norte da África, um rompimento das linhas inimigas podia dispersar dezenas de milhares de soldados de infantaria a quase cem quilômetros e meio atrás das linhas de frente, extremamente voláteis, onde tinham poucas alternativas, a não ser se entrincheirar e esperar que mudassem os ventos da sorte. A destruição desses bolsões produziu uma terrível quantidade de mortos na Segunda Guerra Mundial. Como os transportes mecanizados podiam facilmente avançar mais rápido do que soldados de infantaria a pé que se retiravam, as batalhas de aniquilamento tornaram-se uma coisa comum na guerra, pela primeira vez em séculos.

O aumento do uso das máquinas teve seu preço. Durante a Guerra Civil Americana, os soldados americanos tiveram uma morte acidental para cada 11 mortes na batalha. Na Segunda Guerra Mundial, esse número subiu para uma morte acidental para quatro mortes na batalha. Agora os soldados eram esmagados em jipes destroçados em aviões, queimados em caminhões, escaldados e envenenados por novos produtos químicos, mutilados e eletrocutados por equipamentos pesados, e feitos em pedaços pelo manuseio errado de munições pesadas que explodiam.

A Segunda Guerra Mundial produziu as primeiras batalhas navais da história nas quais as frotas inimigas nunca puseram os olhos uma na outra. Em vez canhões, eram os aviões de caça orientados pelo radar que despachavam os golpes mortais entre navios separados por quilômetros de oceano vazio.

As Criações que Surgiram com a Segunda Guerra 

A experiência da Segunda Guerra Mundial reforçou o truísmo de que a guerra estimula a inovação tecnológica. O radar, a aviação a jato, os computadores, o sonar, os antibióticos e os mísseis teleguiados foram algumas das novas tecnologias desenvolvidas pela Segunda Guerra Mundial. Laboratórios secretos por todo o mundo, físicos nucleares americanos em Los Alamos, decifradores de código britânicos em Bletchley Park, cientistas de foguetes alemães em Peenemunde ajudaram a determinar o resultado da guerra.

Por outro lado, nós podemos ir longe demais exaltando a tecnologia. Apenas o exército americano chegou perto de travar uma guerra inteiramente mecanizada. à parte as especializadas divisões Panzer, a Wehrmacht ainda derrapava na lama, com cavalos puxando as peças de artilharia e os suprimentos. Até mesmo a fria eficiência industrial de morte pode ser superestimada. A maioria das vítimas do Holocausto morreu de maneiras que vinham funcionando há séculos: doença, trabalho excessivo, fome e massacres corpo a corpo.

Além dos ocasionais rompimentos das linhas de frente conseguidos por avanços de blindados, a maioria dos exércitos lutou de maneira muito semelhante ao que haviam feito na primeira Guerra Mundial, isto é, com soldados armados de fuzis se entrincheirando ou atacando, e guarnições de metralhadoras se defendendo sob a cobertura da artilharia. Na frente russa, onde a maior parte da luta aconteceu, a artilharia de campanha realizando seus bombardeios baseada em coordenadas dos mapas sobre alvos fora de sua visão ocasionou mais mortes do que outras armas.

O Poderio Aéreo

Os aviões tornaram-se agentes de destruição durante a Segunda Guerra Mundial. O bombardeio de precisão de alvos militares e industriais foi o uso mais eficaz dessa arma, e foi completamente legal de acordo com as normas internacionais de guerra. Mas a aviação requer uma mistura acima da média dos serviços de inteligência e reconhecimento e de projeto dos bombardeiros. Também exige que os bombardeiros se aproximem por uma rota reta, em plena luz do dia, diretamente dentro de uma cortina de fogo anti-aéreo e enxames de aviões de caça de defesa.