domingo, 31 de julho de 2011

Urano

Urano (Céu) era uma divindade da mitologia grega que personificava o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua irmã. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica, e o deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica.

Urano tem vários filhos (e irmãs), entre os quais os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Ao odiar seus filhos, mantem todos presos no interior de Gaia, a Terra. Esta então instigou seus filhos a se revoltarem contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, cortou seu pai em vários pedaços. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades.

A maioria dos gregos considerava Urano como um deus primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação. Cícero afirma, em De Natura Deorum ("Da Natureza dos Deuses"), que ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era filho da noite, Nix.

A castração de Urano 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Érebo

Na mitologia grega, Érebo é um deus primordial, a personificação da escuridão e o criador das trevas. Tem seus domínios demarcados por seus mantos escuros e sem vida, predominando sobre as regiões do espaço conhecido como Vácuo logo acima dos mantos noturnos de sua irmã gêmea Nix, a personificação da noite. 

De acordo com Hesíodo, Érebo e Nix são filhos de Caos, o vazio primordial, e nasceram a partir de cisões do próprio Caos, juntamente com seus outros irmãos: Gaia (terra), Tártaro (sumundo) e Eros (amor). Nix, tornou-se consorte de Érebo, e com ele gerou mais dois deuses primordiais: o Éter (conhecido como a Luz Celeste) e Hemera (o Dia). Uma longa lista de deuses não primordiais e demônios às vezes também são ditos serem filhos de Érebo e Nix, dentre eles Caronte, Hipnos e Tânatos, as Moiras e as Hespérides. 

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Titãs - De Oceano a Cronos

Oceano
Oceano, filho de Urano e Gaia que tem um corpo formado por um torso de um homem, com garras de caranguejo tal qual chifres na cabeça e grande barba, terminando com a cauda de uma serpente.

Alguns estudiosos consideram que Oceano representava originalmente todas as massas de água salgada, incluindo o Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, as duas maiores massas conhecidas pelos antigos gregos. Contudo, com a evolução dos conhecimentos geográficos, Oceano passou a representar apenas as águas desconhecidas do Atlântico (também chamado de "Mar Oceano"), enquanto Poseidon reinava no Mediterrâneo.

Da união com sua irmã Tétis, foram originadas as ninfas dos mares ou Oceânides, dentre as quais Anfitrite, mãe de Tritão, as Nereidas, os rios, além de todos os seres marinhos, que tomavam parte ativa nas aventuras dos deuses, como os golfinhos.

Na maioria das variantes do mito da guerra entre os Titãs e os Deuses Olímpicos, ou Titanomaquia, Oceano, tal como Prometeu e Têmis, não se juntaram aos seus irmãos titãs contra os Olímpicos, tendo se mantido afastados do conflito. Oceano também teria recusado aliar com Cronos na sua revolta contra seu pai Urano, mas ajuda Zeus quando este resolve salvar seus irmãos que foram engolidos por seu pai. É a sua filha Métis (que conhecia todas as ervas da terra) que confecciona uma poção capaz de fazer Cronos regurgitar os filhos que havia engolido.

Céos foi o titã da inteligência, sendo casado com a titanide Febe e com ela teve Astéria, a deusa estelar, e Leto, a deusa do anoitecer.  

Crio representa o inverno, o frio, os seres marítimos, os rebanhos e seu poder destrutivo envolve as criaturas até hoje desconhecidas do mar abissal. Ninguém conhece a real forma deste titã.  Ele desposou Euríbia e gerou: Palas, Astreu e Perses. Crio, assim como os demais titãs que ficaram ao lado de Cronos na Titanomaquia, foi aprisionado no Tártaro.

Hipérion, por vezes considerado o primeiro deus do Sol e que, segundo Homero, fez Ulisses naufragar. Da sua união com sua irmã Teia nasceram Eos, Hélio e Selene.  

Jápeto costuma ser tido como o deus-titã do tempo de vida humano e da mortalidade, em especial da morte violenta. É o pai de Atlas, Prometeu, Epimeteu e Menoécio.   

Jápeto, "O Perfurador" é um dos Titãs mencionados por Homero em sua obra A Ilíada, como prisioneiro no Tártaro ao lado de Cronos. Senhor do Oeste, governou ao lado de Cronos e dos irmãos durante a Idade de Ouro, quando os Titãs governavam o mundo e a recém-criada humanidade. Tornaram-se governantes, entretanto, pela conspiração criada pela mãe contra o consorte Urano. Jápeto, ao lado dos irmãos, prepararam-lhe uma emboscada quando este desceu para se deitar com Gaia. Crios, Mnemosine, Hipérion e Jápeto se posicionaram nos quatro cantos do mundo para segurar o deus celeste enquanto Cronos, escondido no centro, castrava Urano com uma foice. Nesse mito, Jápeto e os três irmãos representam os quatro pilares cósmicos que, nas cosmogonias do Oriente Médio, separam o céu e a terra. Jápeto era o pilar do oeste, posição depois ocupada por seu filho Atlas. 


Cronos devorando
seu filho Poseidon.
Cronos, é a divindade suprema da primeira geração de titãs da mitologia grega, correspondente ao titã romano Saturno. Filho de Urano, o Céu estrelado, e Gaia, a Terra, é o mais jovem dos Titãs. A pedido de sua mãe se tornou senhor do céu castrando o pai com um golpe de foice.

A partir de então, o mundo foi governado pela linhagem dos Titãs que, segundo Hesíodo, constituía a segunda geração divina. Foi durante o reinado de Cronos que a humanidade (recém-nascida) viveu a sua "Idade de Ouro".

Cronos casou com a sua irmã Reia, que lhe deu seis filhos (os Crónidas): Hera, Deméter, Héstia, Hades, Posseidon e Zeus. 

Como tinha medo de ser destronado por causa de uma maldição, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Reia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca.

Quando Zeus cresceu, resolveu vingar-se de seu pai, solicitando para esse feito o apoio de Métis - a Prudência - filha do Titã Oceano. Esta ofereceu a Cronos uma poção mágica, que o fez vomitar os filhos que tinha devorado.

Então Zeus tornou senhor do céu e divindade suprema da terceira geração de deuses da Mitologia Grega ao banir os Titãs para o Tártaro e afastou o pai do trono, e segundo as palavras de Homero prendeu-o com correntes no mundo subterrâneo, onde foi encontrado, após dez anos de luta encarniçada, pelos seus irmãos, os Titãs, que tinham pensado poder reconquistar o poder de Zeus e dos deuses do Olimpo.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Titânides - de Tétis a Têmis

Tétis personifica a fecundidade da água, que alimenta os corpos e forma a seiva da vegetação. É representada como uma mulher jovem, de aspecto sábio. Passeia pelo mundo numa concha de marfim, puxada por cavalos brancos. Da sua união com o seu irmão Oceano, nasceram as oceânides. As oceânides são três mil, e eles também tiveram três mil rios como filhos. 

Teia, filha de Urano e Gaia, desposou Hiperião, seu irmão, e deu à luz as divindades siderais Hélio, o Deus Sol, Selene, a Deusa Lua, e Eos a Deusa Aurora.

Febe era conhecida como "a mais bela entre as Titânides". É a deusa da lua, relacionada com as noites de lua cheia. Seu nome quer dizer "brilhante", nome que foi emprestado ao seu neto Apolo, chamado de Febo. Febe se uniu a Céos e tiveram as deusas Leto (mãe de Ártemis e Apolo) e Astéria (mãe de Hécate), que simbolizam respectivamente os oráculos da luz e da escuridão . 

Febe era uma antiga deusa da profecia e a terceira a presidir o oráculo de Delfos, após Gaia (sua mãe) e Têmis (sua irmã). Mais tarde deu o oráculo a seu neto Apolo como presente de aniversário. Por tudo isso Febe, apesar de brilhante, era considerada uma deusa de mistérios e segredos. 

Era representada como uma bela mulher com os seios nus, voando pelo céu e levando numa das mãos um cântaro de prata.

Reia, identificada como Ops na mitologia romana, é uma deusa relacionada a fertilidade. Por ser mãe de todos os deuses do Olimpo, é conhecida como Mãe dos deuses.

Irmã e esposa de Cronos, gerou nesta ordem, segundo Pseudo-Apolodoro, Hera (a mais velha), seguida de Deméter e Héstia, seguidas de Hades e Posseidon; o próximo a nascer, Zeus, foi escondido por Reia em Creta, que deu uma pedra para Cronos comer. 

Devido a um oráculo de Urano, que profetizara que Cronos seria destronado por um dos filhos, este passou a engolir todos os filhos assim que nasciam. Reia decidiu que isto não ocorreria com o sexto filho. Assim, quando Zeus nasceu, Reia escondeu-o numa caverna no Monte Ida em Creta ao cuidado dos assistentes curetes posteriormente sacerdotes e, no lugar do filho, deu a Cronos uma pedra enrolada em panos. Cronos engoliu-a, pensando ser o filho. Há diversas versões sobre quem criou Zeus. Algumas relatam que ele foi criado por Gaia; outras, por uma ninfa (Adamanteia ou Cinosura); segundo uma outra versão, foi nutrido por uma cabra (Amalteia). Ao atingir a idade adulta, Zeus destronou o pai, forçou-o a vomitar os irmãos e assumiu o Olimpo.

Seguindo a ascensão do filho Zeus ao status de rei dos deuses, ela contestou uma parte do mundo e acabou refugiando-se nas montanhas, onde cercou-se de criaturas selvagens. Geralmente, é associada a leões ou a uma biga puxada por leões.

Mnemosine era a deusa que personificava a Memória. As Nove Musas são filhas de Mnemósine com Zeus: 

Calíope (Poesia Épica) 
Clio (Historia) 
Érato (Poesia Romântica) 
Euterpe (Música) 
Melpômene (Tragédia) 
Polímnia (Hinos) 
Terpsícore (Dança) 
Tália (Comédia) 
Urânia (Astronomia) 

Têmis era a deusa grega guardiã dos juramentos dos homens e da lei. Têmis empunha a balança, com que equilibra a razão com o julgamento, e/ou uma cornucópia; mas não é representada segurando uma espada. Seu nome significa "aquela que é posta, colocada".  

Quando ainda criança, foi entregue por Gaia, aos cuidados de Nyx, que acabara de gerar Nêmesis. O objetivo de Gaia, era proteger Têmis do enlouquecimento de Urano. Porém Nyx estava cansada, pois gerara incessantemente seus filhos. Então Nyx entrega sua filha Nêmesis e a sobrinha Têmis aos cuidados de suas mais velhas filhas, as deusas Moiras. 

As Moiras criam as duas deusas infantes, e lhes ensinam tudo sobre a ordem cósmica e natural das coisas; e a importância de zelar pelo equilíbrio. As Moiras são as deusas do destino, tanto dos homens, quanto dos deuses e suas decisões não podem ser transgredidas por ninguém. Desta criação, vimos a origem das semelhanças das duas lindas e poderosas deusas criadas como irmãs: Têmis, a Deusa da justiça, e Nêmesis, a Deusa da retribuição. 

Como segunda esposa de Zeus, depois de Métis e antes de Hera, Têmis é quem temperou o poder de Zeus com muita sabedoria e com seu profundo respeito pelas leis naturais. Além de esposa e conselheira, Têmis também foi mentora de Zeus. Na imagem de Zeus consultando Têmis, podemos aceitar uma boa dose de troca. Zeus é quem rege e decide, enquanto Têmis assume uma atitude mais suave e dá seu toque relativizador que procede de perspectivas mais abrangentes. Entretanto, o casamento do dois não foi de total doce harmonia, pois embora transitasse sabedoria entre eles, os ditames de um e do outro, sempre tinham um preço muito elevado, pois nada possui solução definitiva. 

Ela é uma deusa que falava com os homens através dos oráculos. O mais famoso de todos os templos oraculares da Grécia Antiga, Delfos, pertencia originalmente a Gaia, que o passou a filha Têmis. Depois disso, ele foi de Febe e só no fim foi habitado por Apolo. Quando o titã Prometeu foi acorrentado ao Cáucaso, Têmis profetizou que ele seria libertado. Sua profecia se concretizou quando Hércules, salvou-o do seu castigo. Foi Têmis quem alertou Zeus que o filho de Métis seria uma ameça à seu pai. 

Ajudou Deucalião e Pirra a formar a humanidade após o dilúvio enviado como castigo por Zeus, profetizando que ambos deveriam "jogar os ossos de sua mãe para trás das costas". Pirra ficou temerosa de cometer algum sacrilégio ao profanar os ossos de sua mãe, não captando o sentido da profecia. Deucalião, porém, entendeu tratar-se de pedras os ossos da deusa-Terra, mãe de todos os seres. Assim ele atirou pedras para trás e delas surgiram homens. 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Prometeu

Prometeu leva fogo à humanidade.
Prometeu, filho de Jápeto e Ásia - e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio - foi um defensor da humanidade, conhecido por sua astuta inteligência, responsável por roubar o fogo de Zeus e dá-lo aos mortais. Zeus tê-lo-ia punido pelo crime, deixando-o amarrado a uma rocha durante toda a eternidade enquanto uma grande águia comia, durante todo o dia, o seu fígado - que crescia novamente no dia seguinte. 

Pai de Deucalião, em algumas versões teria criado os homens usando água e terra, além de ter-lhes dado o fogo.

Uma Versão de Sua História

Muito amigo de Zeus, o ardiloso Prometeu ajudou o deus supremo a driblar a fúria de seu pai Cronos, o qual foi destronado pelo filho. O dom da imortalidade não o impediu de se aproximar demais do Homem, sua criação – de acordo com algumas histórias, ele o teria concebido com argila e água, depois que seu irmão esgotou toda a matéria-prima de que dispunha com a geração dos outros animais, e lhe pediu auxílio para elaborar a raça humana.

Ele concedeu ao ser humano o poder de pensar e raciocinar, bem como lhes transmitiu os mais variados ofícios e aptidões. Mas esta preferência de Prometeu pela companhia dos homens deixou o enciumado Zeus colérico. A raiva desta divindade cresceu cada vez mais quando ele descobriu que seu pretenso amigo o estava traindo.

O titã matou um boi e o fracionou em dois pedaços, ambos ocultos em tiras de couro; destas frações uma detinha somente gordura e ossos, enquanto a carne estava reservada para o pedaço menor. Prometeu tentou oferecer a parte mínima para os deuses olímpicos, mas Zeus não aceitou, pois desejava o bocado maior. Assim sendo, o filho de Jápeto lhe concedeu este capricho, mas ao se dar conta de que havia sido ludibriado, Zeus se enfurece e subtrai da raça humana o domínio do fogo.

É quando Prometeu, mais uma vez desejando favorecer a Humanidade, rouba o fogo do Olimpo, pregando uma peça nos poderosos deuses. Já outra versão justifica essa peripécia de Prometeu como uma forma de obter para a raça humana um elemento que lhe garantiria a necessária supremacia sobre os demais seres vivos.

Prometeu acorrentado
O fato é que Zeus decidiu punir Prometeu, decretando ao ferreiro Hefesto que o prendesse em correntes junto ao alto do monte Cáucaso, durante 30 mil anos, durante os quais ele seria diariamente bicado por uma águia, a qual lhe destruiria o fígado. Como Prometeu era imortal, seu órgão se regenerava constantemente, e o ciclo destrutivo se reiniciava a cada dia. Isto durou até que o herói Hércules o libertou, substituindo-o no cativeiro pelo centauro Quíron, igualmente imortal.

Zeus havia determinado que só a troca de Prometeu por outro ser eterno poderia lhe restituir a liberdade. Como Quíron havia sido atingido por uma flecha, e seu ferimento não tinha cura, ele estava condenado a sofrer eternamente dores lancinantes. Assim, substituindo Prometeu, Zeus lhe permitiu se tornar mortal e perecer serenamente. Este belo mito foi transformado em célebre tragédia pelo poeta grego Èsquilo, no século V a.C, intitulada Prometeu Acorrentado.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Atlas - ou Atlante

Atlas, também chamado Atlante, era um dos filhos dos titãs Japeto e Climene, irmão de Prometeu, Epimeteu e Menécio. Era casado com Pleione, com a qual teve sete filhas conhecidas como Plêiades, bem como sete filhas que eram ninfas, as Hespérides.

Juntando-se a outros titãs, pretendiam alcançar o poder supremo e atacaram o Olimpo, combatendo ferozmente Zeus e seus aliados. Zeus trinfou e castigou seus inimigos, lançando-os ao Tártaro.

Porém para Atlas deu-lhe o castigo de sustentar para sempre nos ombros, o céu. Seu nome passou a significar "portador" ou "sofredor". Assim punido, passou a morar no país das Hespérides.

Nas terras das Hespérides, Ninfas do Poente, estavam plantadas as maçãs de ouro, que tinham sido o presente de casamento, oferecido por Gaia, nas bodas de Zeus e Hera. A deusa as plantara no jardim dos deuses e, para proteger a árvore e os frutos, deixara sob a guarda de um dragão de cem cabeças e das ninfas do Poente.

Hércules em seus 12 trabalhos fora incumbido de trazer as maçãs de ouro, porém soube que somente Atlas conseguiria colhê-las. Hércules se propôs a segurar o céu enquanto Atlas colhia as maçãs que ele esperava entregar pessoalmente a Eristeu. Então quando Atlas se viu livre do fardo de carregar o mundo, decidiu que depois de colhidas as maças, não voltaria a assumir o seu lugar, deixando essa incumbência sob as costas de Hércules. O herói ao saber disso pediu à Atlas que o deixasse pelo menos entregar as maças ao rei Eristeu. E depois de entregue, ele voltaria para tomar o lugar de Atlas. Então Atlas aceitou, mas foi enganado por Hércules que nunca mais voltou. Por esse motivo, foram construídos os pilares de Hércules e Atlas foi libertado do seu fardo. 

Atlas passou a ser o guardião dos Pilares de Hércules, sobre os quais os céus foram colocados, e que também eram a passagem para o lar oceânico de Atlântida - o Estreito de Gibraltar, e por isso toda a cordilheira do norte da África, recebeu o nome de Cordilheira de Atlas. Tornou-se o primeiro rei de Atlântida, e por ser o Senhor das águas distantes, além do Mar Mediterrãneo, seu nome nomeou o oceano Atlântico.

Por conhecer o caminho das terras distantes, na cartografia, passou a representar a coleção de mapas da Terra. E por ter sustentado o céu, deu-se o nome de Atlas à primeira vertebra da coluna cervical - uma referência onde suportava o gigantesco peso a que fora condenado a suportar. 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Leto - ou Latona

Leto (ou Latona), era uma titã filha de Febe e Céos, e mãe de Apolo e de Ártemis. Era a titã do anoitecer. 

Apolo e Ártemis

Leto foi um das titãs amantes de Júpiter, com quem teve os gêmeos Apolo e Ártemis. Ela era uma deusa da maternidade e com seus filhos, uma protetora das crianças. Seu nome e iconografia sugerem que ela também era uma deusa da modéstia e recatada. Assim como sua irmã Astéria ela também pode ter sido uma deusa da noite, ou, alternativamente, da luz do dia. 

O Ciúmes de Hera

Quando Hera descobriu que Leto estava grávida e que Zeus era o pai, ela proibiu Leto de dar à luz em terra firme, ou em continente, ou qualquer ilha no mar. Poseidon, com pena de Leto guiou-a para uma ilha flutuante em Delos, que não era nem continente, nem uma verdadeira ilha e Leto foi capaz de dar à luz seus filhos na ilha. Como um gesto de gratidão, Delos foi presa com quatro pilares. A ilha mais tarde se tornou sagrada para Apolo. 

Alternativamente, Hera impediu que sua filha Ilitia, a deusa do parto, fosse ajudar Leto a dar a luz. Os outros deuses subornaram Hera com um belo colar que ninguém podia resistir, e ela finalmente cedeu. Ártemis teria nascido primeiro e depois assistiu o nascimento de Apolo. Algumas versões dizem que Ártemis ajudou a mãe a dar à luz a Apolo durante nove dias.

Os Habitantes de Lícia

Certa vez, trazendo em seus braços os dois gêmeos, Leto chegou à Lícia, cansada e sedenta. Por acaso, viu, no fundo do vale, uma lagoa de águas claras, onde as pessoas daquela região trabalhava, colhendo junco e vime. A deusa aproximou-se e, ajoelhando-se à margem da lagoa, ia saciar a sede em suas águas, mas os rústicos a impediram que o fizesse.

Ela implorou que eles a deixassem que ela matasse sua sede e a de seus filhos, mas os rústicos não cederam. Eles a insultaram e ameaçaram usar de violência caso ela não abandonasse o lugar. E não se limitando a isso, eles entraram na lagoa e agitaram a lama com os pés, para que a água tornasse imprópria para beber. 

Indignada, Leto esqueceu sua sede e levantou as mãos para o céu, e exclamou: "Possam eles jamais deixar esta lagoa, mas passar nela suas vidas!"

E isso aconteceu. Eles agora vivem na água, às vezes inteiramente submergidos, outras vezes levantando as cabeças à superfície ou nela nadando. Às vezes, saem para a margem da lagoa, mas logo pulam de novo para dentro d'água. Sua voz tornou-se rude, a garganta intumesceu, a boca distendeu-se com o constante coaxar, os pescoços encolheram-se e desapareceram e a cabeça se juntou ao corpo. Suas costas tornaram-se verdes, o ventre desproporcionado, branco, em resumo, eles são agora rãs e moram na lamacenta lagoa.

domingo, 10 de julho de 2011

Tifão

Tifão é um titã da mitologia a quem imputavam os gregos a paternidade dos ventos ferozes e violentos. É filho de Gaia e de Tártaro.

Junto à esposa Equidna foi pai de vários dos monstros que povoam as aventuras de heróis e deuses, como o Leão da Nemeia, combatido por Hércules, a Hidra de Lerna ou a Esfinge, na fusão com os mitos nilóticos, dos cães Ortros e Cérbero. 

Descrição

Tifão é uma Besta horripilante nascida para acabar com Zeus e com o Olimpo. Filho da vingativa Gaia e do sinistro Tártaro, um deus primordial que vive enclausurado nas profundezas. Foi responsável pela fuga em massa dos deuses olimpianos, porque é capaz de incutir grande pavor. Venceu a primeira luta contra Zeus, mas foi derrotado na segunda.

Gaia, a Terra, para vingar a derrota de seus filhos pelos crônidas na Titanomaquia, uniu-se a Tártaro, gerando Tifão, identificado como a personificação do terremoto e dos ventos fortes. Morava numa gruta, cuja atmosfera envenenava com vapores tóxicos.

Era tão grande que sua cabeça tocava os astros celestes e suas mãos iam do Oriente ao Ocidente. Suas asas abertas podia tapar o Sol, dos seus ombros saiam Dragões, 50 de cada ombro no total 100. Ele era tão horrendo que todos o rejeitavam, até seus irmãos, os titãs. De sua boca cuspia fogo em torrentes, e lançava rochas incandescentes aos céus. 

Luta contra o Olimpo

A fim de dar cabo à vingança materna, Tifão começou a escalar o Monte Olimpo provocando a fuga dos seus moradores todos; os deuses se metamorfosearam em animais e fugiram para o Egito (razão pela qual, segundo os gregos, esse povo dava aos seus deuses configurações zoomórficas). Apolo tornou-se um falcão, Hermes um íbis, Ares um leão, Ártemis uma gata, Dioniso um bode, Héracles um cervo, Hefesto um boi e Leto um musaranho. Apenas Atena teve coragem de permanecer na forma humana.

Do Egito Zeus veio a se refugiar no Monte Cássio, na Síria, local em que enfrentou o gigantesco inimigo. Dali atingia Tifão com seus raios mas este consegue derrubá-lo e, com uma harpe, cortou-lhe os músculos dos membros e deles fazendo um pacote que guardou numa pele de urso. Os raios e os membros amputados foram confiados a Delfim - um dragão - no antro córciro, na Cilícia.

No ataque Tifão invocara todos os dragões que, tantos eram, escureceram o dia. Tendo perdido seus raios Zeus propusera a Cadmo que, disfarçando-se em pastor, fizesse uma choupana e, com o som de sua flauta, atraísse o monstro. 

Atraído pela música, Tifão se aproxima; Cadmo (noutros mitos teria sido Hermes) finge estar assustado com os raios e o monstro, para acalmá-lo, deixa os relâmpagos numa caverna onde Zeus, fazendo baixar uma nuvem para não ser percebido, recupera suas armas e músculos.

De posse novamente de seus poderes, Zeus força Tifão a fugir para o monte Nisa onde as Parcas dão-lhe de comer, pois estava esfomeado, frutos que lhe diminuem a força. Ainda em fuga chega à Trácia onde pelo tanto do sangue derramado deu nome ao monte Hemos.

Ainda perseguido, vai Tifão para a Sicília e depois Itália onde Zeus, concentrando todas as forças, fulmina todas as cabeças do monstro que cai sobre a terra com estrondo, morto.

Relação com outros mitos 

Hades, incomodado com as estranhas agitações do Etna provocadas por Tifão, saíra à superfície para ver o que ocorria, dando início assim ao episódio do rapto dePerséfone.

Cadmo, pela ajuda, fora presenteado por Zeus com a noiva Harmonia, para cujas núpcias acorreram vários deuses.

As nove filhas de Piero, rei da Macedônia desafiaram as Musas, ridicularizando a fuga dos deuses covardemente disfarçados em animais, por medo a Tifão.

sábado, 9 de julho de 2011

Outros Gigantes (incompleto)

Encélado é, na mitologia grega, um dos Gigantes, que são os quatro filhos de Gaia. Ele é o menor e mais fraco dos Gigantes, porem o mais inteligente. Ele nasceu para derrotar a deusa da sabedoria Atena. É conhecido como o gigante do fogo. É irmão do mais poderoso gigante da mitologia grega, Tifão. Conhecido como aquele que rosna. Uma das máquinas de guerra construídas para destronar Zeus. Encélado e Tifão lutaram contra Zeus e Atena em uma batalha sangrenta que culminou na queda dos últimos gigantes. Em sua batalha com Atena e Zeus, foi aprisionado no monte Etna juntamente com seu irmão e lá estão presos até hoje lançando sua fúria sobre a Terra.