Alfredo da Inglaterra, dito Alfredo, o Grande (849 — 26 de outubro de 899) foi rei de Wessex desde 871 até sua morte.
Defendeu o seu reino contra os vikings, e na altura da sua morte era o governante dominante na Inglaterra. É o único rei inglês a quem foi concedido o epiteto "O Grande". Foi também o primeiro rei dos Saxões Ocidentais que se autoproclamou "Rei dos Anglo-Saxões.
Os detalhes de sua vida são conhecidos graças ao bispo Asser e a um cronista galês do século X. A reputação de Alfredo é de um homem culto e misericordioso, que incentivou a educação e melhorou o sistema legal e a estrutura militar do seu reino.
Infância
Alfredo nasceu na localidade de Wanating, actualmente Wanatag, Oxfordshire, sendo o filho mais novo do Rei Etelvulfo de Wessex, rei de Wessex, e da sua primeira esposa, Osburga.
Em 855, com idade de 4 anos, diz-se que Alfredo foi enviado a Roma, onde de acordo com a Crónica Anglo-saxónica, ele foi confirmado pelo Papa Leão IV que, "o ungiu como rei". Escritores vitorianos interpretaram este episódio como uma coroação antecipada em preparação para a sua sucessão definitiva ao trono de Wessex. Contudo, esta sucessão não podia ser prevista na época, porque Alfredo tinha três irmãos mais velhos vivos.
Quando o rei Etelvulfo (pai de Alfredo) morreu em 13 de janeiro de 858, Wessex foi dividido pelos três irmãos de Alfredo: Etelbaldo, Etelberto e Etelredo.
O bispo Asser conta a história de que o jovem Alfredo passou um tempo na Irlanda á procura de cura. Alfredo foi acometido por problemas de saúde durante a sua vida, possivelmente doença de Crohn. As estátuas de Alfredo em Winchester e Wantage retratam-no como um grande guerreiro. Evidências sugerem que não seria forte fisicamente, e embora sem falta de coragem, foi mais conhecido pelo seu intelecto do que pelo seu carácter bélico.
Reinado dos irmãos de Alfredo
Durante os curtos reinados de dois dos três irmãos mais velhos, Etelbaldo de Wessex e Etelberto de Wessex, Alfredo não é mencionado. Um exercito dinamarquês que a Crónica Anglo-Saxónica descreve como um Grande Exército Pagão que desembarcou no este da Anglia com o intuito de conquistar os quatro reinos que constituíam a Inglaterra Anglo-Saxónica em 865. Foi com o pano de fundo de um exército viking furioso que a vida pública de Alfredo se iniciou, com a adesão do seu terceiro irmão, Etelredo de Wessex, em 866.
Foi durante este período que o bispo Asser aplica a Alfredo o titulo único de "secundarius", o que pode indicar uma posição semelhante à de Celtic tanist, um sucessor reconhecido intimamente associado ao monarca reinante. É possível que este acordo tenha sido sancionado pelo pai de Alfredo, ou pelo Wita para se proteger contra o perigo de uma sucessão ser disputada caso Etelredo de Wessex caísse em batalha.
Combate contra a invasão Viking
Em 868, Alfredo luta ao lado do irmão Etelredo numa tentativa frustrada para manter o Grande Exército Pagão, liderado por Ivar, o Sem Ossos, fora do Reino adjacente de Mercia. No final de 870, os dinamarqueses chegaram á sua terra natal. O ano que se seguiu tem sido chamado de " o ano das batalhas de Alfredo". Nove batalhas foram travadas com resultados diferentes, embora o local e a data de duas dessas batalhas não estejam registados.
Em Berkshire, uma escaramuça com sucesso, na Batalha de Englefield a 31 de Dezembro de 870, foi seguida por uma derrota severa no cerco e batalha de Reading, pelo irmão de Ivar, Halfdan Ragnarsson a 5 de Janeiro de 871. Quatro dias mais tarde, os Anglo-Saxões conquistaram uma brilhante vitória na Batalha de Ashdown em Berkshire Downs, possivelmente perto de Compton ou Aldworth. Alfredo está particularmente relacionado com o sucesso desta batalha.
Mais tarde neste mês, a 22 de Janeiro, os Ingleses foram derrotados na Batalha de Basing. São novamente derrotados a 22 de Março na Batalha de Merton. Etelredo morre pouco depois, a 23 de Abril.
O Rei na guerra: Lutas Iniciais, Derrota e Fuga
Em Abril de 871, o Rei Etelredo morre, e Alfredo sucede-o no trono de Wessex e na tarefa da sua defesa, apesar do facto de Etelredo ter deixado dois filhos menores, Etelelmo e Etelvoldo. Este facto está de acordo com o estabelecido entre Etelredo e Alfredo no inicio do ano numa assembleia em Swinbeorg. Os irmãos concordaram que qualquer deles que sobrevivesse ao outro herdaria os bens pessoais que o Rei Etelvulfo deixou em testamento para os seus filhos.
Os filhos do falecido receberiam apenas as propriedades e riquezas que seu pai tenha estabelecido e qualquer terra adicional que o seu tio tivesse adquirido. A premissa não declarada era a de que o irmão sobrevivente seria rei. Dada a invasão dinamarquesa em curso e a juventude de seus sobrinhos, a sucessão de Alfredo foi provavelmente incontestada.
Enquanto ele estava ocupado com as cerimonias fúnebres de seu irmão, os dinamarqueses derrotaram o exército inglês na sua ausência num lugar desconhecido, e uma vez mais na sua presença, em Wilton, no mês de maio. A derrota em Wilton esmagou qualquer esperança remota de Alfredo expulsar os invasores do seu reino. Ele foi obrigado a fazer a paz, de acordo com fontes que não revelam os termos de paz.
De facto, o exército Viking retirou-se de Reading no outono de 871 para ocupar quarteis de inverno na Londres Merciana. Embora não mencionado por Asser ou pela Crónica Anglo-Saxónica, Alfredo provavelmente também pagou para os Vikings saírem, tanto como os Mercianos iriam pagar no ano seguinte. Achados que datam da ocupação Viking de Londres em 871 foram escavados em Croydon, Gravesend e Waterloo Bridge. Estes achados sugerem o custo envolvido para se fazer a paz com os Vikings. Nos cinco anos seguintes, os dinamarqueses ocuparam outras partes da Inglaterra.
Em 876, sob um novo líder, Guthrum, os dinamarqueses conseguiram passar pelo exército Inglês e atacaram e ocuparam Wareham em Dorset. Alfredo bloqueou-os mas foi ineficaz em reconquistar Wareham por assalto. Desta forma, negociou uma paz que envolveu uma troca de reféns e juramentos, que os dinamarqueses juraram sob um " anel sagrado" associado com a adoração de Thor. Os dinamarqueses, contudo, quebraram este juramento e, após matarem todos os reféns, fugiram na calada da noite para Exeter em Devon.
Alfredo bloqueou os navios Vikings em Devon, que com uma frota espalhada por uma tempestade, foram forçados a submeter-se e se retiram para Mércia. Em Janeiro de 878, os dinamarqueses fizeram um ataque repentino a Chippenham, uma praça real que Alfredo mantinha desde o Natal, "e a maioria das pessoas foram assassinadas, excepto o rei Alfredo, o qual com uma pequena tropa reunida por ele consegue fugir pelo bosque e pântano, e depois da Páscoa ele construiu uma fortaleza em Athelney graças a Uhtred, e dessa fortaleza começa a lutar contra o inimigo". A partir deste forte de Athelney, uma ilha nos pântanos de Somerset, Alfredo foi capaz de montar um movimento de resistência efectivo, reunindo milicias locais de Somersert, Wiltshire e Hampshire.
Uma lenda popular, originária de cronicas do século XII, conta como quando ele primeiro fugiu para Somerset Levels, Alfredo foi abrigado por uma camponesa, que sem saber da sua identidade, deixou-o vigiar alguns bolos que tinha deixado a cozinhar no forno. Preocupado com os problemas do seu reino, Alfredo acidentalmente deixou os bolos queimar.
870 foi de baixa maré na história dos reinos Anglo-Saxões. Com todos os outros reinos caídos perante os Vikings, Wessex sozinho continuou a resistir.
Contra-ataque e vitória
Na sétima semana após a Páscoa (4-10 de Maio de 878), por volta do Pentecostes, Alfredo cavalga até à Pedra de Egberto a este de Selwood, onde foi recebido por " todo o povo de Somerset e de Wiltshire e da parte de Hampshire que está deste lado do mar (isto é, a oeste de Southampton Water), e alegram-se ao vê-lo". O aparecimento de Alfredo a partir da sua fortaleza pantanosa foi parte de uma ofensiva planeada cuidadosamente que implicou o aumento de fyrds de três condados. Isto significa não só que o rei tinha mantido a lealdade dos membros da aristocracia (que foram encarregados da cobrança e do comando das suas forças), mas também que estes tinham mantido as suas posições de autoridade nessas localidades suficientemente bem para responder á sua convocação para a guerra. As acções de Alfredo também sugerem um sistema de olheiros e mensageiros.
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O Cavalo Branco de Westbury: Muitos acreditam
que a escultura inicial foi feita para comemorar
a vitória de Alfredo sobre Danes na batalha de Ethandune,
em 878. No entanto os historiadores
ainda tem dúvidas sobre se a batalha foi realizada
próximo ao local. |
Alfredo obteve uma vitória decisiva na seguinte batalha de Edington, que possivelmente foi travada em Westbury, Wiltshire. Ele perseguiu os dinamarqueses até ao seu reduto em Chippenham e submete-os. Um dos termos de rendição foi que Guthrum se converte-se ao cristianismo. Três semanas depois o rei dinamarquês, e 29 de seus principais chefes receberam o batismo na corte de Alfredo em Aller, perto de Athelney, com Alfredo a receber Guthrum como seu filho espiritual.
A "desvinculação do crisma" ocorreu com grande cerimónia oito dias mais tarde na propriedade real em Wedmore em Somerset, após o que Guthrum cumpriu a sua promessa de deixar Wessex. Não há nenhuma evidência contemporânea de que Alfredo e Guthum tenham acordado um tratado formal neste tempo; o chamado Tratado de Wedmore é uma invenção dos historiadores modernos. O tratado entre Alfredo e Guthrum, preservado em inglês antigo no Corpus Christi College, Cambridge (manuscrito 383), e numa compilação em latim conhecida como Quadripartitus, foi negociado mais tarde, talvez em 879 ou 880, quando o rei Ceolvulfo II de Mercia foi deposto.
Este tratado dividiu o reino de Mercia. Nestes termos a fronteira entre o reino de Alfredo e Guthrum estendeu-se do rio Tamisa ao rio Lea; seguindo o Lea até à sua nascente (perto de Luton); a partir daqui estende-se numa estreita linha até Bedford; e a partir de Bedford seguindo o rio Ouse até Watling Street.
Por outras palavras, Alfredo consegue o reino de Ceolvulfo, composto pela Mercia ocidental; e Guthrum incorporou a parte oriental de Mercia no reino alargado da Anglia Este (doravante conhecido por Danelaw). Pelos termos do tratado, além disto, Alfredo tinha o controle sobre a cidade de Londres merciana - pelo menos na altura. A disposição de Essex, realizada por reis saxões do Ocidente desde os dias de Egberto, não é clara a partir do tratado, no entanto, dada a superioridade política e militar de Alfredo, teria sido surpreendente se ele tivesse concedido qualquer território em disputa para o seu novo afilhado.
Os anos tranquilos; a Restauração de Londres (880s)
Com a assinatura do Tratado de Alfredo e Guthrum, um evento ocorreu por volta de 880, quando o povo de Guthrum começou a estabelecer-se na Anglia. Este, Guthrum foi neutralizado como ameaça. Em conjunto com este acordo um exército dinamarquês deixou o ilha e partiu para Ghent.
Alfredo ainda foi obrigado a lidar com uma série de ameaças dinamarquesas. Um ano mais tarde, em 881, Alfredo travou uma pequena batalha naval contra quatro navios dinamarqueses "em alto-mar". Dois dos navios foram destruídos e os outros renderam-se às forças de Alfredo. Pequenas escaramuças similares com invasores independentes Viking teriam ocorrido durante décadas.
No ano de 883, embora haja algum debate sobre o ano, o rei Alfredo, por causa de seu apoio e da sua doação de esmolas a Roma, recebeu uma série de presentes do Papa Marinus. Entre estes presentes encontrava-se um pedaço da verdadeira cruz, um verdadeiro tesouro para o rei saxão devoto. De acordo com a Asser, por causa da amizade do Papa Marinus com o rei Alfredo, o papa concedeu uma isenção a anglo-saxões que residissem dentro de Roma de imposto ou tributo.
A morte de Guthrum marcou uma mudança na esfera política de Alfredo. A morte de Guthrum criou um vazio de poder que incitou outros senhores da guerra, sedentos de poder, e ansiosos pelo seu lugar nos anos seguintes. Os anos tranquilos da vida de Alfredo estavam a chegar ao fim, e a guerra estava no horizonte.
Novos ataques vikings repelidos (890s)
Depois de mais um período de calma, no outono de 892 ou 893, os dinamarqueses atacaram novamente. Encontraram a sua posição na Europa continental precária, cruzaram a Inglaterra em 330 navios em duas divisões. Entrincheirados, o corpo maior em Appledore, Kent, e o menor, sob Hastein, em Milton, também em Kent. Os invasores trouxeram as suas esposas e filhos com eles, indicando uma tentativa significativa de conquista e colonização. Alfredo, em 893 ou 894, assumiu uma posição de onde podia observar ambas as forças.
Enquanto ele estava em negociações com Hastein, os dinamarqueses em Appledore quebraram e atingiram o noroeste. Eles foram surpreendidos pelo filho mais velho de Alfredo, Eduardo, e foram derrotados num combate geral no Farnham em Surrey. Eles refugiaram-se numa ilha em Thorney, em Hertfordshire Rio Colne, onde foram bloqueados e foram finalmente forçados a submeter-se. A força caiu em Essex e, depois de sofrer outra derrota em Benfleet, uniram-se à força de Hastein em Shoebury.
Alfredo estava a caminho para aliviar o seu filho em Thorney quando ouviu que os Nortúmbrios e os dinamarqueses este anglianos sitiavam Exeter e uma fortaleza sem nome na costa norte de Devon. Alfredo imediatamente correu para oeste e levantou o cerco de Exeter. O destino do outro lugar não é conhecido. Enquanto isto ocorria, a força estabelecida sob Hastein marchou até ao Vale do Tamisa, possivelmente com a ideia de ajudar os seus amigos, no oeste. Mas eles foram recebidos por uma grande força dos três grandes ealdormen de Mércia, Wiltshire e Somerset, e forçando a frente para o noroeste, finalmente os alcançaram e bloquearam em Buttington. Alguns identificam isto como Buttington Tump na foz do rio Wye, outros como Buttington perto de Welshpool. Uma tentativa de romper as linhas inglesas foi derrotada. Os que escaparam recuaram para Shoebury. De seguida, após a recolha de reforços, eles fizeram uma invasão repentina em toda a Inglaterra e ocuparam as muralhas romanas arruinadas de Chester. Os Ingleses não tentaram um bloqueio de inverno, mas contentaram-se em destruir todas os abastecimentos no distrito. No início de 894 (ou 895), a necessidade de alimentos obrigou os dinamarqueses a retirarem-se mais uma vez para Essex. No final deste ano e no início de 895 (ou 896), os dinamarqueses enviaram os seus navios pelo rio Tamisa e pelo Rio Lea e fortificaram-se 20 milhas (32 km) a norte de Londres. Um ataque direto contra as linhas dinamarquesas falhou, mas, no final do ano, Alfredo viu uma forma de obstruir o rio, de modo a impedir a saída dos navios dinamarqueses. Os dinamarqueses perceberam que estavam encurralados. Eles atacaram o norte - oeste e o inverno no Cwatbridge perto Bridgnorth. No ano seguinte, 896 (ou 897), eles desistiram da luta. Alguns retiraram-se para a Nortumbria, e outros para a Anglia. Aqueles que não tinham ligações na Inglaterra retiraram-se de volta para o continente.
Aparência e caráter
Asser conta que Alfredo não aprendeu a ler até aos 12 anos de idade ou mais tarde, o que é descrito como "vergonhosa negligência 'de seus pais e tutores. É verdade, porém, que Alfredo era um excelente ouvinte e tinha uma memória incrível, e que retinha a poesia e os salmos muito bem.
Embora ele fosse o mais novo dos seus irmãos, foi provavelmente o de maior espírito aberto. Apesar de se ter tornando um dos maiores guerreiros e forjadores da paz no reino, ele foi um dos primeiros defensores da educação. O seu desejo de aprendizagem poderá ter surgido do seu amor precoce pela poesia inglesa e pela incapacidade de ler ou memorizar fisicamente até mais tarde na vida.
Família
Em 868, Alfredo casou-se com Elesvita, filha de um nobre merciano, Etelredo Mucil, senhor de Gaini. Gaini foi provavelmente um grupo tribal dos Mercios. A mãe de Elesvita, Edbura, era um membro da família real da Mércia.
Eles tiveram cinco ou seis filhos juntos, incluindo Eduardo, o Velho, que sucedeu ao seu pai como rei, Etelfleda, que se tornaria rainha da Mércia por seu próprio direito, e Elfetrude que se casou com Balduino II, Conde de Flandres.
Morte, sepultamento e destino dos restos mortais
Alfredo morreu em 26 de Outubro de 899. A causa é desconhecida, embora ele tenha sofrido ao longo da sua vida com uma doença dolorosa e desagradável. Pensa-se que ele tinha a doença de Crohn ou uma doença hemorroidal. O seu neto, o Rei Ederedo parece ter sofrido de uma doença similar.
Alfredo foi originalmente enterrado temporariamente na Old Minster, em Winchester, então, quatro anos depois da sua morte, foi transferido para o New Minster (talvez construído especialmente para receber o seu corpo). Quando o Novo Minster se mudou para Hyde, um pouco a norte da cidade, em 1110, os monges foram transferidos para Hyde Abbey, juntamente com o corpo de Alfredo e os de sua esposa e filhos, presumivelmente localizados antes do altar-mor. Logo após a dissolução da abadia em 1539, durante o reinado de Henrique VIII, a igreja foi demolida, deixando os túmulos intactos. Os túmulos reais e muitos outros foram provavelmente redescobertos por acaso em 1788, quando uma prisão estava a ser construída por condenados no local. Os presos cavaram a toda a largura da área do altar, a fim de eliminar os escombros. Os caixões foram despojados do chumbo, e os ossos foram dispersos e perdidos. A prisão foi demolida entre 1846 e 1850. Outras escavações em 1866 e 1897 não foram conclusivas.