quinta-feira, 31 de maio de 2012

Normandia

Baixa Normandia e Alta Normandia
A Normandia é uma região histórica do noroeste da França colonizada pelos normandos. É dividida em duas regiões administrativas: a Baixa Normandia, reagrupando os departamentos Calvados, Manche e Orne, e a Alta Normandia, com os departamentos Eure e Seine-Maritime.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) a região foi palco da Batalha da Normandia, em que diversas tropas Aliadas desembarcaram em solo francês, a fim de combater a dominação da Alemanha Nazista.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Galia

O termo Gália é usado para referir, quer o moderno território francês (do mesmo modo que um português se pode referir ao seu país como Lusitânia), quer a antiga região povoada pelos Gauleses (que era, no entanto, um pouco mais vasta que a moderna França), e que constituiu uma província do Império Romano.

História

Gália era o nome romano dado, na Antiguidade, para as terras dos celtas na Europa ocidental. A Gália compreende o atual território da França, algumas partes da Bélgica e da Alemanha e o norte de Itália. Dividia-se em duas regiões:

Gália Cisalpina (aquém dos Alpes, relativamente aos romanos), que compreendia a Itália setentrional e foi por muito tempo ocupada por tribos gaulesas;

Habitada por grande número de tribos celtas (gaulesas, entre outras), iberos, lígures, armóricos, a Gália Transalpina foi o centro de uma civilização influenciada, desde o século VI a.C., por duas correntes de civilização helênica (Mediterrâneo e Alpes). A Gália tinha forte organização religiosa (assembleia anual dos druidas). Os Gauleses dedicavam-se principalmente à agricultura e dividiam as terras por tribos. Nos séculos III e IV a.C., invadiram o norte da Itália.

As lutas civis enfraqueceram-na: em 222 a.C., o território ao sul dos Alpes foi declarado província romana, sob a denominação de Gália Cisalpina; em 125 a.C., os romanos anexaram o corredor do Ródano e o Languedoc. O rio Rubicão fazia parte da fronteira com a própria Itália. A área ao norte do rio Póera conhecida como Gália Transpadana e ao sul como Gália Cispadana. Do outro lado dos Alpes tinha a Gália Transalpina, ou simplesmente Província(de onde provém a denominação atual Provença) após sua anexação em 121 a.C. Sua capital era Narbo.

Júlio César recebeu o comando das duas províncias gálicas em 59 a.C.. De 58 a 51 a.C., apoderou-se progressivamente de toda a Gália, apesar da oposição de vários chefes, nomeadamente de Vercingetórix, que, em 52 a.C., após ter promovido uma sublevação geral dos gauleses, se rendeu na Alésia sitiada. César, ao longo das guerras gálicas, expandiu a Gália Transalpina até o Atlântico, o canal da Mancha e o Rio Reno.

A cidadania romana foi estendida à Gália Transpadana por César em 49 a.C. e toda a Gália Cisalpina foi incorporada à Itália por Augusto, deixando com isto de ser província (a Gália Cispadana havia recebido a cidadania romana em 90 a.C.).

Augusto, em 27 a.C., dividiu a Gália a norte dos Alpes em Gália Narbonense, que ficou sob o controle do Senado, e Gália Lugdunense ou Lionense (Lyon), Gália Aquitânia e Gália Belga, que ficou sob sua própria administração. Lyon era a jurisdição da assembleia provincial das "Três Gálias".

Sob o Império, a Gália desfrutou de uma prosperidade efetiva; contudo, no século I d.C., houve algumas agitações nacionalistas (Cláudio Civilis). Os romanos protegeram a região contra as invasões germânicas, desenvolveram aí trabalhos públicos, e grandes cidades foram fundadas: Lyon, Arles, Tolosa, Bordéus, Lutécia (Paris). Por outro lado, a Gália foi cristianizada. No final do século III, alguns imperadores criaram um "império gálico" semi-independente, que serviu como engodo contra as invasões germânicas. O império ocidental, o império gálico, foi devastado pelos germanos (godos, hunos e vândalos) no século III. O território da Gália fracionou-se quando, no século V, foi invadida pelos visigodos, pelos burgúndios e pelos francos. Só voltou a unir-se sob o reinado do rei franco Clóvis, por volta do ano 500.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Borgonha

A Borgonha é uma região administrativa da França, habitada em ordem cronológica por Celtas da tribo dos Gauleses, Romanos e Galo-Romanos, e vários povos Germânicos, dentre os quais os mais importantes foram os Burgúndios (donde deriva o seu nome actual, através de uma forma medieval Burgúndia) e os Francos.

Borgonha foi uma província da França até 1790. É hoje uma região administrativa francesa que engloba os departamentos de Côte-d'Or, Nièvre, Saône-et-Loire e Yonne.

Nos dias de hoje, ela é reconhecida mundialmente por ser uma das mais importantes regiões vitiviniculturas da França, e os seus vinhos são consumidos em dezenas de países do globo.

História 

A Borgonha foi ocupada durante o século VI a.C. pelos celtas que deixaram importantes vestígios, nomeadamente o tumba de Vix.

Foi ocupada pelos romanos, fazendo parte da província da Gallia Lugdunensis.

Os burgúndios passaram a ocupar a região, formando o Reino da Burgúndia, que foi incorporado ao Reino Franco.

No século XV, a Borgonha era uma das mais importantes províncias semi-independentes do Reino da França. Encontra-se na zona oriental do país e parte dela jazia fora das fronteiras francesas, a denominada Franche-Comté, ou "condado livre". O ducado também incluía Artois, Flandres e Brabante, na actual Bélgica.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bretanha

A Bretanha é uma região administrativa do oeste da França com uma larga costa litoral entre o Canal da Mancha e o Oceano Atlântico. Sua capital é Rennes e seus habitantes chamam-se bretões.

A Bretanha é hoje em dia uma das 6 nações celtas reconhecidas pela Celtic League, com a Escócia, a Irlanda, a Ilha de Man, o País de Gales e a Cornualha.

História 

Depois da conquista da Gália pelos Romanos, a Bretanha fazia parte da Armórica (aremoricae – que está frente ao mar). Cerca de 500 d.C., os Bretões da ilha da Bretanha (a Grã-Bretanha actual), atacados pelos Anglo-saxões emigraram para aí, trazendo os seus costumes e língua. A região passou a se designar Bretanha com a sua chegada. Muitos designam-na, também, de Pequena Bretanha, por oposição à ilha de onde vieram. No início da Idade Média, a Bretanha foi dividida em três reinos - o Domnonée, a Cornualha, e o Bro Waroch - que foram incorporados ao Ducado da Bretanha.

O Ducado da Bretanha esteve independente do reino de França até 1532. Guardou os seus privilégios (legislação e impostos próprios) até a Revolução Francesa.

A Bretanha histórica, que teve por capital Nantes, foi dividida em 1790 em cinco departamentos:

Côtes-du-Nord (hoje, Côtes-d'Armor);
Finistère;
Ille-et-Vilaine;
Morbihan;
Loire-Inférieure (Hoje, Loire-Atlantique).

Política

Quando da criação das regiões administrativas francesas, em 1956, só os quatro primeiros departamentos faziam parte da Bretanha administrativa, então chamada de região de Rennes. A região administrativa da Bretanha criada em 1956 assim permaneceu. O Loire-Atlantique estava incluído no Pays de la Loire. Esta mudança foi contestada, e ainda o é, por uma parte dos Bretões. De acordo com uma sondagem de 1998, 62% dos habitantes Loire-Atlantique desejavam a união administrativa do seu departamento à região da Bretanha.

Geografia

**Mapa da Bretanha.

É a região francesa que beneficia de uma maior costa litoral. Distinguem-se tradicionalmente as regiões costeiras (o Armor - o mar) das regiões centrais (o Argoat - floresta). Uma parte do litoral bretão chamada "Côte de granite rose" (cidades de Trébeurden, Trégastel, Perros-Guirec e Ploumanach) é considerada um dos lugares mais bonitos da França.

Economia 

A economia centra-se na agricultura, na indústria agro-alimentar, no turismo estival, junto à zona costeira e alguns pólos tecnológicos avançados (Rennes, Lannion).

Religião

Bem antes dos Celtas, as primeiras populações erigiram aí monumentos megalíticos, como os menires e os dólmens. Não é pacífico que estes monumentos tivessem significado religioso, mas é muito provável que sim. A religião druídica expandiu-se com a chegada dos Celtas, tanto na Gália como nas ilhas britânicas. A dominação da península da Bretanha pelos Romanos não deixou grandes marcas na religião destes povos. Com o fim da Gália romana, as tribos que se estabelecem na Armórica, vindas da Grã-Bretanha, trazem consigo uma nova religião – o cristianismo - que irá suplantar progressivamente as outras crenças tradicionais. Contudo, o paganismo druídico coexistirá durante muito tempo com a religião dominante, de forma mais ou menos pacífica. Ainda hoje existe um grande acervo de lendas e tradições locais que evocam práticas religiosas druídicas. Os cristãos da Bretanha são, maioritariamente, católicos. A santa padroeira da Bretanha é Santa Ana, que é apresentada pela tradição como a mãe da Virgem Maria e avó de Jesus.

sábado, 26 de maio de 2012

Córsega

A Córsega é a quarta maior ilha do Mar Mediterrâneo por extensão (depois da Sicília, Sardenha e Chipre). Localiza-se a oeste da Itália, na zona geográfica italiana, constituindo uma região administrativa da França. É dividida em dois departamentos: Alta Córsega e Córsega do Sul. Separada da Sardenha por um curto trecho do Estreito de Bonifácio, emerge como uma enorme cadeia de montanhas rica em florestas do Mar Mediterrâneo, marcando a fronteira entre a parte ocidental do Mar Tirreno e o Mar Lígure. É universalmente conhecida como o berço de Napoleão Bonaparte (1769-1821), nascido em Ajaccio, um ano após a ilha ser ocupada pelo Reino da França. Também é o berço de Pascal Paoli (1725-1807), lutador e revolucionário córsico.

Sua capital e maior cidade é Ajaccio, que também é a capital da Córsega do Sul, enquanto que Bastia, a segunda mais populosa cidade da ilha, é a capital da Alta Córsega. Outras localidades importantes são Porto-Vecchio, Borgo, Corte e Calvi. Seu ponto mais alto é o Monte Cinto, com 2 706 metros de altura.

Com cerca de um terço do seu território protegido como parque nacional, e muito do belo litoral continuando imune do cimento que mudou grande parte da costa mediterrânica, a Córsega, quase despovoada (31 habitantes por quilômetro quadrado), com base da sua economia em boa parte no turismo, pode praticamente duplicar a sua população no verão.

A relação não resolvida entre a Córsega e a França, que a governa há 240 anos, manifesta-se não só a partir do apego de seu povo às suas tradições e sua língua (u Corsu, "linguagem poderosa, e o mais italiano entre os dialetos da Itália", segundo Niccolò Tommaseo), mas por indicadores estatísticos que revelam a crise económica e social (perene último colocado do país francês por nascimento e emprego) e por seus fortes impulsos de autonomia e independência, que colidem com a constituição francesa.