quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Regiões da Europa


Europa Ocidental
Reino Unido, Irlanda, França, Países Baixos, Bélgica, Alemanha, Áustria, Suíça, Luxemburgo e Liechtenstein. (Chipre)

Europa Setentrional
Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia, Dinamarca, Estônia, Letônia, Lituânia.

Europa Meridional
Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Turquia, Vaticano, San Marino, Mônaco, Malta e Andorra.

Europa Centro Oriental
Polônia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, Albânia, Sérvia, Montenegro, Kosovo, Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia, Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia, Georgia, Armênia, Azerbaijão e Rússia Européia. 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Escandinávia

A Escandinávia é uma região geográfica e histórica do norte da Europa e que abrange, no sentido mais estrito, a Dinamarca, a Suécia e a Noruega. Num sentido mais lato, o termo pode também abranger a Finlândia, as ilhas Feroé e a Islândia.


Qualquer que seja a definição usada, considera-se a península Escandinava como núcleo principal da Escandinávia.  Ao conjunto Escandinávia + Finlândia dá-se também a designação Fino-Escandinávia (em inglês: Fenno-Scandia).

Devido às sucessivas vagas de glaciação, a Escandinávia foi repetidamente despovoada e desprovida de fauna e flora terrestres ao longo do tempo. Os estudiosos a apontam como a terra de origem de uma parte dos povos germânicos e dos Vikings. Assim como aquela que é referida como Scandza.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Península Ibérica ou Hispânia

A península Ibérica está situada no sudoeste da Europa. É formada pelos territórios de Gibraltar (cuja soberania pertence ao Reino Unido), Portugal, Espanha, Andorra e uma muito pequena fração do território da França nas vertentes ocidentais e norte dos Pirenéus, até ao local onde o istmo está situado. É a mais ocidental das três grandes penínsulas do sul da Europa, sendo as outras a península Itálica e a península Balcânica. Em área é a segunda maior península da Europa, apenas ultrapassada pela península Escandinava, tendo uma área de cerca de 580 000 km². Formando quase um trapézio, a península liga-se ao resto do continente europeu pelo istmo constituído pela cordilheira dos Pirenéus, sendo rodeada a norte, oeste e parte do sul pelo oceano Atlântico, e a restante costa sul e leste pelo mar Mediterrâneo. Os seus pontos extremos são a ocidente o cabo da Roca, a oriente o cabo de Creus, a sul a ponta de Tarifa e a norte a estaca de Bares.

Com uma altitude média bastante elevada, apresenta predomínio de planaltos rodeados por cadeias de montanhas, e que são atravessados pelos principais rios. Os mais importantes são o rio Tejo, o rio Douro, o rio Guadiana e o rio Guadalquivir, que desaguam no oceano Atlântico, e o rio Ebro, que, por sua vez, deságua no mar Mediterrâneo.

As elevações mais importantes são a cordilheira Cantábrica, no norte; o sistema Penibético (serra Nevada) e o sistema Bético (serra Morena), no sul; e ainda a cordilheira Central (serra de Guadarrama), de que a serra da Estrela é o prolongamento ocidental. Densamente povoada no litoral, a península Ibérica tem fraca densidade populacional nas regiões interiores. Excepção a esta regra é a região de Madrid, densamente povoada.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Península Itálica

A península Itálica ou península Apenina é uma das maiores penínsulas da Europa, medindo 1000 km dos Alpes, ao norte, ao centro do mar Mediterrâneo, ao sul.

Em forma de bota (em italiano, Lo Stivale) e situada no sul da Europa, consiste de três estados:

Itália, a parte principal; San Marino, um enclave na Itália a noroeste; Vaticano, um enclave na cidade italiana de Roma.

O nome Apenina vem da cordilheira dos Apeninos. A península é circunscrita pelo mar Lígure e pelo mar Tirreno a oeste, pelo mar Jónico a sul e pelo mar Adriático a leste. A parte interna da península é montanhosa (montes Apeninos), a parte norte é mais plana e as costas apresentam geralmente falésias.

Por tradição popular, sua extensão geográfica é impropriamente definida a partir da vertente meridional dos Alpes. Na realidade, a península, no sentido geográfico estrito, inicia-se nos Apeninos tosco-emilianos. praticamente com um linha imaginária que vai de Gênova a Veneza e se estende até o extremo meridional do cabo de Spartivento, na Calábria. Tem, assim, uma extensão de cerca de 1000 quilômetros na direção noroeste - sudeste. As ilhas maiores (Sicília, Sardenha e Córsega) não são geralmente consideradas partes da península. Desde o tempo do imperador romano Augusto (século I d.C.), o limite norte da península foi considerado a vertente meridional dos Alpes, mas geograficamente o limite coincide com uma linha do rio Magra até o rio Rubicão ao norte dos Apeninos Toscano-Emilianos, o que exclui o vale do rio Pó e a vertente meridional dos Alpes.

O clima é em geral do tipo mediterrânico, embora na parte continental seja moderadamente do tipo continental.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Lapônia

Lapónia (português europeu) ou Lapônia (português brasileiro) (Sápmi em lapão) é uma região no norte da Escandinávia, que abrange território de quatro países: Noruega, Suécia, Finlândia e Federação Russa (península de Kola) e que corresponde à região onde habitam os lapões, ou Sami.



Cerca de 70000 lapões vivem numa área de 390000 km², juntamente com suecos, noruegueses, finlandeses e russos.



A província mais setentrional da Finlândia também se chama Lapónia (Lappi em finlandês). De modo similar, a província sueca mais setentrional tem nome idêntico.

Língua Oficial: Lapão, Norueguês, Sueco, Finlandês e Russo.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Balcãs

Os Balcãs, ou ainda Península Balcânica, é o nome histórico e geográfico para designar a região sudeste da Europa que engloba a Albânia, a Bósnia e Herzegovina, a Bulgária, a Grécia, a República da Macedônia, o Montenegro, a Sérvia, o autoproclamado independente Kosovo, a porção da Turquia no continente europeu (aTrácia), bem como, algumas vezes, a Croácia, a Romênia e a Eslovênia e a Áustria.

O termo deriva da palavra turca para montanha e faz referência à Cordilheira dos Bálcãs, que se estende do leste da Sérvia até ao mar Negro.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Silésia

Silésia é uma região histórica dividida entre a Polônia, a República Checa e a Alemanha. A Silésia é uma importante zona industrial da Polônia e da República Checa. No entanto, nos últimos anos depois das mudanças políticas ocorridas em 1989, a região tem sofrido enormes restruturações econômicas que implicam o fechamento de dezenas de minas.

Idade Média

Nos séculos século IX e X, o território que seria depois chamado Silésia foi submetido aos governantes morávios e depois aos boêmios da região vizinha ao sul onde hoje é a República Tcheca. Por volta de 990, a Silésia foi incorporada à Polônia por Mieszko I (embora alguns historiadores movam esta data para 999 e para o governo de Boleslaus I, duque da Polânia e último rei da Polônia). Durante a fragmentação da Polônia (1138 - 1320), dentro dos ducados governados por diferentes ramos da dinastia Piast, a Silésia era governada por descendentes da antiga família real.

Em 1146, o duque Wladislaus II reconheceu a soberania do Sacro Império Romano-Germânico sobre a Polônia, mas continuou governando do exílio. Dezessete anos depois, em 1163, seus dois filhos tomaram posse da Silésia com apoio imperial, dividindo as terras entre eles como duques da Baixa e da Alta Silésia. A política de divisão continuou sob seus sucessores, com a Silésia sendo dividida em 16 principados por volta de 1390.

Em 1241, a região sentiu a invasão mongol da Europa. Após atacar a região da Pequena Polônia, eles entraram na Silésia e causaram pânico generalizado e migrações em massa. Os mongóis pilharam a região mas desistiram do cerco ao castelo de Wroclaw. Os mongóis derrotaram forças combinadas polonesas e germanas na Batalha de Legnica (Liegnitz). Devido à morte de Ögedei Khan, os mongóis desistiram de seguir mais a oeste dentro da Europa, retornando para leste.

Os soberanos governantes silesianos decidiram reconstruir suas cidades de acordo com idéias administrativas da época. Eles fundaram ou relocaram cerca de 160 cidades e 1.500 vilas e impuseram um código germânico de leis no lugar do antigo, costumeiramente de leis polonesas. Eles também compensaram a população perdida pelas investidas estrangeiras, trazendo alemães do Sacro-Império Romano-Germânico. Com isso, e com as classes dominantes adotando a cultura germânica, as bases para as tensões étnicas que viriam a acontecer na Silésia foram assentadas.

Na segunda metade do século XIII, várias ordens de cavaleiros também se estabeleceram na Silésia - os Cavaleiros da Estrela Vermelha foram os primeiros, seguidos em pouco tempo pela Ordem dos Hospitalários e pelos Cavaleiros Teutônicos.

Em 1327, o duque Henrique VI de Wroclaw e os duques da Alta Silésia reconheceram a soberania do rei da Boêmia, João de Luxemburgo. Os últimos ducados Piast independentes na Silésia deixaram de existir em 1368, embora o ramo silesiano da dinastia Piast só tenha sido extinto em 1675. A partir dessa época a Silésia indiretamente tornou-se parte do Sacro Império Romano-Germânico, sendo a Boêmia uma entidade autônoma dentro do império. A Silésia permaneceu como parte das terras da coroa da Boêmia até 1742, sob as dinastias reais tchecas, polonesas e alemãs. Sob o governo do imperador e rei da Boêmia Carlos IV, a Silésia e especialmente Wrocław ganharam grande importância - vários edifícios e enormes igrejas góticas foram construídos.

Entre 1425 e 1435, a região foi devastada pelas Guerras Hussitas na Boêmia. Os hussitas se voltaram contra a população alemã, e em algumas regiões, especialmente na Baixa Silésia, tornaram-se eslavo-falantes novamente. Apesar da abrangência territorial do conflito, a Silésia permaneceu em sua maioria católica.

Idade Moderna

A Reforma Protestante do século XVI foi aceita rapidamente na Silésia, e a maioria dos habitantes se tornaram luteranos. Em 1526, o rei Fernando I foi eleito para a coroa da Boêmia e herdou as posses da dinastia Habsburgo. Em 1537, o duque Piast Frederico II de Brzeg, concluiu o tratado com o Príncipe-eleitor Joaquim II de Brandemburgo, segundo o qual os Hohenzollerns de Brandemburgo herdariam o ducado devido à extinção dos Piasts, mas o tratado foi rejeitado por Fernando I.

A segunda "Defenestração de Praga" em 1618 estimulou a Guerra dos Trinta Anos, causada pelas tentativas do rei Fernando II para restaurar o Catolicismo e reprimir o Protestantismo. Após o fim da Guerra dos Trinta Anos em 1648, os Habsburgos encorajaram grandemente o Catolicismo, o que sucedeu na reconversão de cerca de 60% da população da Silésia. Em 1675, o último governante Piast silesiano tinha morrido.

Em 1740, a tomada da Silésia pelo rei Frederico II da Prússia (o Grande), foi recebida com prazer pelos silesianos, tanto por protestantes como pelos católicos. Frederico II baseou suas reivindicações no Tratado de Brieg, iniciado com a Guerra de Sucessão Austríaca e terminado em 1748. No fim dessa guerra, o rei da Prússia havia conquistado quase toda a Silésia (algumas partes da Silésia no extremo sudeste permaneceu sob domínio austríaco), e a Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763) apenas confirmou o resultado - a Silésia se tornou uma das mais leais províncias da Prússia. Em 1815, a área em torno de Görlitz foi incorporada como parte da província numa reforma administrativa.

Silésia na Prússia

A Silésia se tornou parte do Império Alemão quando a Alemanha foi unificada em 1871. Havia considerável industrialização na Alta Silésia, e houve migração de muitas pessoas para essa região nessa época. A maioria da população da Baixa Silésia era germano-falante e luterana, incluindo a capital Wrocław, então conhecida como Breslau. Havia áreas tais como o distrito de Opole e partes da Alta Silésia, contudo, onde uma grande parte ou até mesmo a maioria da população era polaco-falante e católica romana. Na Silésia como um todo, os poloneses compunham cerca de 30% da população. A Kulturkampf coloca os católicos em oposição ao governo e inicia um renascimento polonês na província.

Após a derrota do Império Alemão e da Áustria-Hungria na Primeira Guerra Mundial, as partes austríacas da Silésia foram dividas entre a Polônia e a Tchecoslováquia. No Tratado de Versalhes, foi decidido que a população da Alta Silésia alemã deveria realizar um plebiscito para determinar o futuro da província, com a exceção de uma área de 333 km² em torno de Hlučín, que foi entregue à Tchecoslováquia em 1920 apesar do fato de possuir população de maioria alemã. O plebiscito entre Alemanha e Polônia, organizado pela Liga das Nações, foi realizado em 1921 - resultando em 706.000 para a Alemanha e 479.000 votos para a Polônia. No sudeste, que era a espinha dorsal da economia e da indústria, havia uma forte maioria polonesa.

Entre as Duas Grandes Guerras

Após o referendo, houve três insurreições silesianas, como resultado de que a Liga das Nações decidiu que a província deveria ser dividida novamente e que as áreas que votaram pela Polônia deveriam se tornar uma área autônoma dentro da Polônia, organizada como a Voivódia Silésia (Autonomiczne Wojewodztwo Śląskie). Uma das figuras políticas centrais que conduziu estas mudanças foi Wojciech Korfanty.

As revoltas ocorreram entre 1919 e 1921:

Primeira revolta silesiana, de 16 a 26 de agosto de 1919.

Segunda revolta silesiana, de 19 a 25 de agosto de 1920.

Terceira revolta silesiana, de 2 de maio a 5 de julho de 1921.

A Silésia foi então reorganizada dentro das duas províncias prussianas da Alta Silésia e da Baixa Silésia. Em outubro de 1938, a Silésia Cieszyn (área disputada a oeste do rio Olza, também chamada Zaolzie - 906 km² com 258.000 habitantes), foi retomada pela Polônia da Tchecoslováquia, como previa o Acordo de Munique.

A Alemanha novamente ocupou essa região da Silésia em 1939, quando o ataque em setembro deu início à Segunda Guerra Mundial. Os silesianos poloneses foram massivamente mortos ou deportados, e os novos colonos alemães retornaram para a Alemanha após essas atrocidades.

Silésia Após a Segunda Guerra Mundial

Em 1945, toda a Silésia foi ocupada pelo Exército Vermelho soviético. Até então uma grande parte da população alemã havia fugido da Silésia, mas muitos retornaram após a capitulação alemã. Sob os termos dos acordos da Conferência de Ialta de 1944 e da Conferência de Potsdam de 1945, a maior parte da Silésia a leste dos rios Oder e Neisse foi transferida para a Polônia. A maior parte dos silesianos alemães remanescentes, que antes da segunda guerra eram cerca de quatro milhões, foram mortos ou forçadamente expulsos. Uma pequena parte da Silésia, em torno da cidade de Görlitz, passou a fazer parte da Alemanha Oriental, sendo agora parte do Estado Federal da Saxônia na atual Alemanha.

A indústria da Silésia foi reconstruída após a guerra, e a região foi repovoada pelos poloneses (a maioria poloneses que haviam sido expulsos das terras anexadas pela União Soviética). Hoje, mais de 20% da população da Polônia vive na Silésia.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Cáucaso

Cáucaso e Caucásia são nomes dados a uma região da Europa oriental e da Ásia ocidental, entre o mar Negro e o mar Cáspio, que inclui a cordilheira do mesmo nome e as planícies adjacentes. Aquela região marca uma das fronteiras entre a Europa e a Ásia, fazendo com que alguns de seus países sejam considerados transcontinentais, como a Turquia, cujos territórios dividem-se em uma porção geograficamente europeia e outra asiática. A região é dividida em duas partes: uma no norte e outra no sul, respectivamente, Ciscaucásia e Transcaucásia.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Pirineus

Os Pirenéus (português europeu) ou Pireneus (português brasileiro) são uma cordilheira no sudoeste da Europa cujos montes formam uma fronteira natural entre a França e a Espanha. Separam a Península Ibérica da França, e estendem-se por aproximadamente 430 km, desde o golfo da Biscaia, no oceano Atlântico, até ao cabo de Creus (extremo oriental da Espanha continental), no mar Mediterrâneo.

Na sua maior parte, a crista principal dos Pirenéus forma a fronteira franco-espanhola, com o principado de Andorra incrustado entre seus dois grandes vizinhos. A principal exceção a esta regra é o Vale de Aran, que pertence à Espanha mas se situa na face norte da cordilheira. Outras anomalias orográficas incluem a Cerdanha (único vale dos Pirenéus no sentido leste-oeste) e o enclave espanhol de Llívia (completamente cercado por território francês).

Embora haja outras etimologias propostas, o termo grego parece ter como origem o nome de uma personagem da mitologia grega, Pirene (Πυρήνη), amante de Hércules, filha de Bébrix: Hércules, após a morte de Pirene, teria erguido uma tumba à altura de seu amor, isto é, a cordilheira, onde repousa sua amada. 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Trácia

A Trácia é uma região histórica do sudeste da Europa. Antiga região macedônia, era habitada por populações de raça pelásgica. Atualmente é dividida entre a Grécia, Turquia e a Bulgária. É banhada, a leste, pelo mar Negro e pelo estreito do Bósforo; ao sudeste, pelo mar de Mármara; e ao sul, pelo estreito do Dardanelos e pelo mar Egeu.

A Trácia foi um grande corredor natural para os povos Indo-Europeus que passavam em direção à Grécia (Aqueus, Jônios, Eólios e Dórios) ou à Anatólia (Hititas, Frígios, Celtas). Foi povoada pelos Trácios, que deram o nome ao país, e sofreu invasões pelos Citas.

Foi conquistada pelo general persa Mardônio que a incorporou ao império de Dario I em 512 a.C.. Segundo Heródoto, a Trácia formou a satrapia III-B do Império Persa, até ser abandonada pelos iranianos em meados do século V a.C. Formou-se aí então um reino, no leste do país, o Reino Odrísio, sob os governos, consecutivos, de Hebryzelmis, Cótis e Cersobleptes; este último tentou unificar todos os Trácios sob seu domínio, mas foi derrotado por Filipe II da Macedónia, que lhe conquistou o país.

Com a morte de Alexandre, o Grande (filho de Filipe II) em 323 a.C., a Trácia foi legada ao seu general Lisímaco após a partilha do Império Macedônico.

Tardiamente anexada ao Império Romano (no ano 43 a.C., isto é, quase duzentos anos após a conquista da vizinha Macedônia por Roma), a Província da Trácia acabou por tornar-se na região mais importante do império, em função da transferência da capital para Constantinopla. Nos extertores do Império do Oriente, o tardio Thema da Trácia era, além de alguns enclaves e ilhas, tudo o que restava do velho império.

Para os Otomanos, Trácia e Rumélia (nome relativo a Roma, isto é, ao Império do Oriente) eram topônimos que se confundiam. Da Rumélia Otomana também fazia parte a Macedônia.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Criméia

A Crimeia, oficialmente República Autónoma da Crimeia é uma península e uma república autônoma da Ucrânia situada na costa setentrional do Mar Negro.

Era chamada Táurica pelos antigos gregos e romanos, seu nome atual deriva-se do seu nome tártaro Qırım, através do grego: Κριμαια (Krimaia).

Geografia

A Crimeia faz fronteira com a região do Kherson a norte, com o Mar Negro aosul e ao oeste e com o Mar de Azov ao leste. Tem uma área de 26 000 km², com uma população de 1,9 milhões de habitantes (2005). Sua capital é Simferopol.

Primórdios

Os primeiros habitantes de quem se têm resquícios autênticos foram os Cimerianos, que foram expulsos pelo Citas durante o século VII a.C.. Uma pequena população que se refugiara nas montanhas ficou conhecida posteriormente como os Tauri. Neste mesmo século, os antigos colonos gregos começaram a ocupar a costa, isto é, Dórios de Heracleia em Quersoneso, e Jônios de Mileto em Teodósia e Panticapaeum (também chamado Bósforo).

Dois séculos mais tarde, (438 a.C.) o archon, ou líder, dos Jônios assumiu o título de rei do Bósporo, um Estado que manteve relações importantes com Atenas, fornecendo àquela cidade trigo e outros produtos. O último destes reis, Perisades V, sendo pressionado pelos Citas, pediu proteção a Mitrídades VI, rei do Ponto, em 114 a.C.. Depois da morte de seu protetor, seu filho Farnaces, como recompensa pelo auxílio dado aos romanos na guerra contra o próprio pai, recebeu em 63 a.C. de Pompeu o reino do Bósporo. Em 15 a.C., foi mais uma vez devolvido ao rei do Ponto, mas daí em diante acabou mantendo-se um território tributário de Roma.

Durante os séculos seguintes, a Crimeia foi invadida, atravessada ou ocupada sucessivamente pelos Godos (250, pelos Hunos (376), pelos Cazares (século VIII), pelo Império Bizantino (1016), pelos Kipchaks (1050), e pelos Mongóis (1237).

No século XIII, os Genoveses destruíram ou tomaram as colônias que seus rivais Venezianos haviam fundado na costa da Crimeia e se estabeleceram em Cembalo (Balaclava), Soldaia (Sudak), e Caffa (Teodósia). Essas prósperas cidades comerciais existiram até a conquista da península pelosTurcos Otomanos em 1475.

Enquanto isso, os Tártaros haviam fincado pé no norte e no centro da península desde o século XIII. O pequeno enclave de Karaites instalou-se entre os Tártaros da Crimeia, principalmente em Çufut Qale. Depois da destruição da Horda Dourada por Timur, eles fundaram um Canato da Crimeia em 1427 com Haci I Giray, um descendente de Gêngis Khan. Seus sucessores e ele próprio reinaram primeiramente em Solkhat (Eski Qırım) e, a partir do início do século XV, em Bakhchisaray. Depois de 1478, reinaram como príncipes tributários do Império Otomano até 1777, quando, tendo sido derrotados pelo general russo (futuro generalíssimo) Suvorov, tornaram-se dependentes do Império Russo; finalmente, em 1783, toda a Crimeia foi anexada à Rússia.

Guerra da Crimeia 

A Guerra da Crimeia ocorreu entre 1854-1856.

Segunda Guerra Mundial 

A Crimeia foi palco de uma das mais sangrentas batalhas da Grande Guerra Patriótica (Segunda Guerra Mundial). Os invasores alemães tiveram inúmeras perdas quando tentaram avançar através do istmo ligando a Crimeia à Ucrânia, em Perekop, no verão de 1941. Quando finalmente conseguiram atravessar, os alemães ocuparam a maior parte da Crimeia, com exceção da cidade de Sebastopol (Cidade Heróica). Sebastopol resistiu heroicamente de Outubro de 1941 até 4 de Julho de 1942, quando os alemães finalmente capturaram a cidade. As tropas soviéticas conseguiram liberar Sebastopol somente em 1944.

Deportações 

Em 1944 a população de etnia Crimeia-Tártara foi deportada à força pelo governo soviético. Estima-se que 46% desses deportados tenham morrido de fome e doenças.

Dominação Soviética

Durante a era soviética, a Crimeia foi governada como parte da República Socialista Federada Soviética da Rússia até que, em 1954, fosse transferida por Khrushchov para a RSS da Ucrânia como presente de comemoração do 300° aniversário da unificação da Rússia e da Ucrânia. Com o colapso da União Soviética, a Crimeia tornou-se parte da recém independente Ucrânia, uma situação ressentida por parte da população de maioria russa e causadora de tensões entre a Rússia e a Ucrânia. Com a Frota do Mar Negro baseada na península, houve apreensões de conflito armado.

Com a derrota eleitoral das principais forças políticas radicais nacionalistas da Ucrânia a tensão diminuiu progressivamente.

Autonomia 

A Crimeia proclamou sua independência em 5 de Maio de 1992, mas concordou mais tarde permanecer parte integrante da Ucrânia como uma República autônoma.

A cidade de Sebastopol está situada dentro da República, mas tem um status municipal especial na Ucrânia. O Presidente da República é Boris Davydovych Deich, desde 2002, e o primeiro-ministro é Anatolii Fedorovych Burdyugov, desde 23 de Setembro de 2005.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Transilvânia

A Transilvânia (em amarelo)
no mapa da Romênia.
A Transilvânia é uma região histórica da Europa Central que constitui a zona centro-ocidental da Romênia. A sua capital é a cidade de Cluj-Napoca. A região é mundialmente conhecida graças a Vlad Țepeș, também conhecido como Drácula, nascido na localidade de Sighişoara e príncipe (voivoda) da Valáquia durante a Idade Média.

História

Região histórica da moderna Romênia, situada no interior do arco formado pelos Cárpatos. Formou o núcleo da Dácia romana após 106 d.C. e, depois da evacuação romana, em 270, sua história não apresenta registros, até a região ser conquistada pelos húngaros, em 900. Em 1003, foi incorporada ao Estado húngaro, mas manteve sua autonomia, garantida pela 'união fraterna' (1437) das 'três nações' (os nobres descendentes dos colonos sícula ou székely, saxões e magiares). Em 1241 a região viria a ser arruinada por uma invasão mongol, liderada por Kadan, Guyuk e Subotai. Algumas cidades como Braşov, Timişoara, Bistriţa e Oradea foram destruídas pelos invasores. A região viria a sofrer um novo ataque mongol em 1285.

A independência foi assegurada em 1566, quando a Transilvânia tornou-se um principado sujeito à soberania otomana.

O século XVII foi a sua 'idade do ouro', por ser reconhecida como potência internacional. Em 1699, os otomanos reconheceram o domínio austríaco Habsburgo na Transilvânia. Durante o século XVIII, os Habsburgo privaram as três nações de muitos de seus direitos e liberdades, e o número de romenos na região cresceu até alcançar mais da metade da população total. Não foram reconhecidos politicamente como uma 'quarta nação' e sofreram discriminação religiosa por parte dos cristãos ortodoxos gregos.

Sob domínio austríaco, na primeira metade do século XIX, a Transilvânia tornou-se parte integral da Hungria, com a criação do Império Austro-Húngaro (1867).

Em 1918, os romenos da Transilvânia proclamaram sua adesão à Romênia, confirmada pelo Tratado de Trianon (1920). A Hungria anexou cerca de dois quintos do território durante a Segunda Guerra Mundial, mas foi obrigada a devolvê-los em 1947. A redistribuição das terras e a política forçada de assimilação cultural envolvendo romenos e húngaros continuou sendo causa de atrito entre os dois países. Houve conflitos étnicos em Bucareste (1990) e a União Democrática Húngara da Romênia foi criada, vencendo as eleições realizadas em 1992.

Essa região ficou popular, pois reza a lenda que neste local residia o Conde Drácula.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Canal da Mancha

O Canal da Mancha é um braço de mar que é parte do Oceano Atlântico e que separa a ilha da Grã-Bretanha do norte da França e une o Mar do Norte ao Atlântico.

Em francês ele é chamado La Manche (A Manga), em alemão Der Ärmelkanal (O Canal da Manga) e em inglês English Channel (Canal Inglês). Mancha é derivado de 'Manche', em francês, que foi traduzido erroneamente para 'Mancha' por portugueses e espanhóis. Em francês 'Manche' não quer dizer "Mancha", mas "Manga" (peça do vestuário).

O canal tem aproximadamente 563 km (350 milhas) de comprimento e sua parte mais larga é de 240 km (150 milhas). Seu ponto mais estreito (o estreito de Dover) tem apenas 33 km (c. 20 milhas), de Dover até o Cabo Gris Nez. Neste ponto mais estreito do Canal, é comum aventureiros de diversas nacionalidades tentarem fazer a travessia do canal a nado, inclusive com algumas tentativas resultando em morte, como foi o caso da brasileira Renata Agondi. A profundidade do Canal da Mancha varia de 120m na porção ocidental até 45m na oriental.

A circulação marítima no canal da Mancha é uma das mais intensas do mundo, com mais de 250 navios por dia. A essa circulação intensa há que somar a dos ferries que ligam a França à Grã-Bretanha por via marítima. Atualmente, o Eurotúnel constitui uma excelente e rápida alternativa de viagem.

Devido à utilização das mais avançadas técnicas de engenharia é praticamente impossível a presença de acidentes.

As Ilhas do Canal ou Channel Islands localizam-se no interior do Canal da Mancha, próximas ao lado francês. A ilha de Ouessant ou a ponta de Corsen constituem os pontos de referência da extremidade ocidental do canal.

O departamento francês da Mancha, que incorpora a península do Cotentin, que avança em direção ao canal, tem esse nome devido à região marítima circunvizinha.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Estreito de Gibraltar

O estreito de Gibraltar é uma separação natural entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, e entre dois continentes - Europa e África. Ao norte, encontram-se a Espanha e o território britânico ultramarino de Gibraltar; ao sul, Marrocos e Ceuta, enclave espanhol no norte de África. A soberania sobre o território de Gibraltar é do Reino Unido, gozando a população de Gibraltar cada vez mais autonomia. Em referendos na última década o povo de Gibraltar rechaçou qualquer possibilidade de associação com o Estado espanhol.

Trata-se da única abertura entre o Mediterrâneo e o oceano Atlântico, e situa-se entre o Mar de Alborão, na parte ocidental do Mediterrâneo, e o golfo de Cádiz, no Atlântico. Abarca desde a linha Gibraltar-Ceuta até a linha cabo Espartel-cabo Trafalgar

Do ponto de vista geológico, o estreito de Gibraltar resultou da fissura das duas placas tectônicas: a Placa Euroasiática e a Placa Africana.

A profundidade do estreito varia entre aproximadamente 280 m, no Umbral de Camarinal, e quase 1000 m, nas proximidades da Baía de Algeciras. A largura mínima é de 14,4 km, entre Punta de Oliveros, em Espanha, e Punta Cires, em Marrocos.

Em poucos lugares do mundo se observam tantos contrastes sociais em uma distância tão curta. A parte espanhola está protegida pelo Parque Natural do Estreito.

Através do Estreito de Gibraltar ocorre o intercâmbio de águas entre o Atlântico e o Mar Mediterrâneo: as águas superficiais, relativamente frias e pouco salinas, provenientes do Atlântico, entram no Mar de Alborão, sobrepondo-se às águas profundas, mais quentes e salinas, que retornam do Mediterrâneo. As correntes são fortes e variam ao longo do dia, sendo causa de frequentes acidentes de navegação.

Etimologia

Era conhecido na Antiguidade como Os Pilares de Hércules. Posteriormente, o estreito, assim como o rochedo, recebeu o nome do general berbere Tárique (Tárique), passando a chamar-se Gibraltar. Em 711, Tárique atravessou o estreito, comandando a primeira incursão muçulmana à Península Ibérica, e se estabeleceu na Espanha visigótica.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Estreito de Bósforo e Dardanelos

O Estreito de Bósforo é um estreito que liga o mar Negro ao mar de Mármara e marca o limite dos continentes asiático e europeu na Turquia. Tem um comprimento de aproximadamente 30 km e uma largura de 550 a 3000 m. Sua profundidade varia de 36 a 124 m no meio do estreito.

Seu nome significa "passagem do boi" e se refere à história de Io, jovem amada por Zeus, transformada por ele em boi, e perseguida por uma mosca sugadora de sangue enviada por Hera, ciumenta.

As margens do estreito são densamente povoadas, como exemplifica a cidade de Istambul.

Duas pontes atravessam o estreito de Bósforo. A primeira, Ponte do Bósforo, tem 1 074 m e foi terminada em 1973. A segunda, Ponte Fatih Sultão Mehmet, tem 1 090 m e foi terminada em 1988, mais ou menos a 5 km ao norte da primeira ponte. Marmaray, um túnel ferroviário de 13,7 km está em construção e seu término está previsto para 2013. Aproximadamente 1 400 m de túnel passarão sob o estreito, a uma profundidade de 55 m.

História

Os gregos chamavam o estreito de Bósforo da Trácia, assim como chamavam o estreito de Kerch de Bósforo Cimeriano. Para aumentar a confusão também chamavam uma área perto do estreito pelo mesmo nome: o Chersonesus Trácio, conhecido nos dia de hoje como Gallipoli (em turco: Gelibolu), e o Chersonesus Cimeriano, que corresponde à península da Crimeia.

Dada a importância do estreito na defesa de Istambul, os sultões otomanos construíram uma fortificação em cada lado dele, Anadoluhisarı (1393) e Rumelihisarı (1451). Sua importância estratégica continua alta: diversos tratados internacionais mantêm navios na área, incluindo a Convenção de Montreux para o Regime dos estreitos Turcos, assinada em 1936.

Alguns historiadores lançaram a hipótese de que uma imensa enchente ocorrida na região por volta de 5 600 a.C. teria sido a base histórica para a história do dilúvio bíblico e da Epopeia de Gilgamesh.

No estreito do Bósforo foram travadas muitas batalhas navais, nomeadamente entre cristãos e muçulmanos. Uma das batalhas mais importantes foi a Batalha de Aquitânia disputada entre os gregos e os otomanos. Batalhas houve também em que o Bósforo foi aproveitado para ataques cruzados contra os muçulmanos e também dos bizantinos contra os otomanos.

Estreito de Dardanelos, antigamente Helesponto, é um estreito no noroeste da Turquia ligando o Mar Egeu ao Mar de Mármara.

Assim como o estreito de Bósforo, ele separa a Europa (neste caso, a península de Gallipoli) da Ásia. A maior cidade próxima ao estreito é Çanakkale, que tem seu nome do seu famoso castelo (kale significa "castelo").

O estreito teve um papel importante ao longo da História (por exemplo, a Guerra de Troia acontece no lado asiático do estreito). Os exércitos persas de Xerxes I e, mais tarde, o exército macedônio de Alexandre, o Grande atravessaram o estreito de Dardanelos em direções opostas para invadir as terras uns dos outros.

Tendo uma importância vital para a armada do Império Otomano para sua dominação no Mediterrâneo oriental, o estreito sofreu uma tentativa de invasão com inúmeras perdas humanas pelos aliados durante a Primeira Guerra Mundial. A Campanha de Galípoli quase custou a carreira política de Winston Churchill (a Entente (Aliança) perdeu a batalha em 18 de Março de 1915).

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Estreito de Messina

O Estreito de Messina é um estreito no mar Mediterrâneo que separa a península italiana da ilha da Sicília e que liga o mar Jônico ao mar Tirreno. Sua menor largura é de 3,3 km.

Um ferry-boat, denominado como Villa, conecta Messina (Sicília) com o continente em Villa San Giovanni, na Calábria.

A cada cinco ou dez anos, novos debates inflamam a Itália sobre a construção de uma ponte que ligaria a Sicília ao continente. Se um dia for construída, será a maior ponte a arco simples do mundo, com uma envergadura de 3300 metros e os avanços tecnológicos tornam esta hipótese cada vez mais provável. O mais recente projeto estava programado para começar em 2006, com uma duração de seis anos e um custo total de 4,6 bilhões de Euros.

No estreito de Messina é comum produzir-se a ilusão óptica conhecida como Fata Morgana.

Fata Morgana

O efeito de Fata Morgana (ou seja: fada Morgana), em referência à fictícia feiticeira (Fada Morgana) meia-irmã do Rei Artur que, segundo a lenda, era uma fada que conseguia mudar de aparência, é um efeito de ilusão óptica. 

Trata-se de uma miragem que se deve a uma inversão térmica. Objetos que se encontrem no horizonte como, por exemplo, ilhas, falésias, barcos ou icebergues, adquirem uma aparência alargada e elevada, similar aos "castelos de contos de fadas". 

A Fata Morgana mais célebre é a que se produz no Estreito de Messina, entre a Calábria e a Sicília. 

Com tempo calmo, a separação regular entre o ar quente e o ar frio (mais denso) perto da superfície terrestre pode actuar como uma lente refractante, produzindo uma imagem invertida, sobre a qual a imagem distante parece flutuar. Os efeitos Fata Morgana costumam ser visíveis de manhã, depois de uma noite fria. É um efeito habitual em vales de alta montanha, onde o efeito se vê acentuado pela curvatura do vale, que cancela a curvatura da Terra. Também se costuma ver de manhã nos mares árcticos, com o mar muito calmo, e é habitual nas superfícies geladas da Antártida. 

Os efeitos de Fata Morgana são miragens ditas superiores, diferentes das miragens inferiores, que são mais comuns e criam a ilusão de lagos de água distantes nos desertos ou em estradas com o asfalto muito quente.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Mares

O mar é uma longa extensão de água salgada conectada com um oceano. O termo também é usado para grandes lagos salinos que não tem saída natural (denominados de mares fechados), como o mar Cáspio, o mar Morto, o mar de Aral entre outros. O termo é usado para designar uma parte do oceano, como mar tropical ou água do mar referindo-se às águas oceânicas.

Sete Mares

Sete mares era uma designação histórica usada até a Idade Média na literatura ficcional árabe e europeia. Desta lista, faziam parte os mares Adriático, Arábico, Cáspio, Mediterrâneo, Negro e Vermelho e o golfo Pérsico. 

Há também fontes dizendo que tudo indica que a expressão surgiu no livro As Mil e Uma Noites, uma compilação de histórias tradicionalmente contadas boca a boca no Oriente Médio, que ganhou sua primeira versão impressa no século IX. Uma das histórias contadas é a do marinheiro Simbad, que, para levar mercadorias a portos distantes, viaja por sete mares. A expressão se tornou comum e ainda hoje é usada pelos navegantes para dividir os oceanos de uma forma um pouco diferente daquela presente nos atlas contemporâneos: Pacífico Norte, Pacífico Sul, Atlântico Norte, Atlântico Sul, Índico, Ártico e Antártico. Os dois últimos costumam ser considerados partes do Atlântico e não se dividem os principais oceanos em porções norte e sul. 

Além disso, oceanos e mares não são sinônimos. Os mares são porções de água comportadas em áreas fechadas (os oceanos são abertos) e são muito mais numerosos do que os oceanos: de acordo com a Organização Hidrográfica Internacional, há 61 mares na Terra, como o mar Vermelho (entre a África e a Arábia Saudita) e o Mediterrâneo (entre a África e a Europa). Nessa lista, entram também os golfos e baías, como o golfo Pérsico (no Oriente Médio) e a baía de Hudson (no Canadá). Mares e oceanos, somados, cobrem 71% da superfície terrestre.

Lista de mares, divididos por oceano: 
Oceano Pacífico

- Mar de Bering
- Golfo do Alasca
- Golfo da Califórnia
- Mar de Okhotsk
- Mar do Japão
- Mar da China Oriental
- Mar da China Meridional
- Mar de Sulu
- Mar de Celebes
- Mar de Mindanau
- Mar das Filipinas
- Mar de Flores
- Mar de Banda
- Mar de Arafura
- Mar de Timor
- Mar de Ross
- Mar de Amundsen
- Mar de Bellingshausen

Oceano Atlântico

A leste - Europa e África
Varrendo a borda leste do oceano Atlântico, de norte para sul, encontramos:

- Mar da Noruega, entre a costa da Noruega e a Islândia;
- Mar Báltico, conectado ao Mar do Norte pelo estreito de Öresund;
- Golfo de Bótnia, entre Suécia e Finlândia;
- Mar de Åland, ao sul de Bótnia, entre a costa sueca e as ilhas de Åland;
- Mar do Arquipélago, a sudoeste da Finlândia e contendo o maior arquipélago do mundo;
- Golfo da Finlândia, entre a Finlândia e a Estônia;
- Golfo de Riga, uma grande baía na Letônia, ao sul da ilha estoniana de Saaremaa;
- Mar do Norte, a leste da Grã-Bretanha, noroeste dos Países Baixos e oeste da Dinamarca;
-Mar Frísio, uma zona entremarés no litoral da Holanda, Alemanha e Dinamarca;
- Canal da Mancha entre França e Grã-Bretanha;
- Mar da Irlanda, entre a Irlanda e a Grã-Bretanha;
- Mar Celta, ao sul da Irlanda e ao norte do Cantábrico;
- Mar Cantábrico (ou golfo de Biscaia) ao norte da Espanha e sudoeste da França;
- Mar da Palha, entre Lisboa e Setúbal (Portugal);
- Mar Mediterrâneo, que se interpõe entre Europa e África e se divide em outros mares interiores, que são, de oeste para leste (aqueles marcados com asterisco não são oficialmente reconhecidos pela OHI mas são ou já foram nomes usuais):
- Mar de Alborão, entre Espanha e Marrocos, a partir do estreito de Gibraltar;
- Mar das Baleares, entre a costa da Catalunha e as ilhas Baleares;
- Mar da Sardenha, porção do Mediterrâneo entre as Baleares e as ilhas de Córsega e Sardenha;
- Mar de Ligúria, uma baía no noroeste da Itália (Ligúria e Toscana), ao norte das ilhas de Córsega e Elba;
- Mar Tirreno, ao sul do Mar da Ligúria, limitado pela costa oeste da Itália e pelas ilhas de Córsega, Sardenha e Sicília;
- Estreito da Sicília, entre a costa sul da Sicília e o norte da Tunísia;
- Mar Adriático, entre a Itália e os Bálcãs;
- Mar Jônico, ao sul do Adriático, entre as províncias do sul da Itália (Calábria e Sicília) e o noroeste da Grécia (em especial as ilhas Jônicas);
Golfo de Sidra, uma grande bacia na costa norte da Líbia;
- Mar Egeu, entre a Grécia e a Turquia;
- Mar Trácio, porção norte do Egeu, entre a República da Macedônia, a Trácia e o noroeste da Turquia;
- Mar Mirtoico, porção sudoeste do Egeu, entre as Cíclades e o Peloponeso;
- Mar de Creta, ao sul do Egeu e das Cíclades e ao norte de Creta;
- Mar da Líbia, porção do Mediterrâneo entre a costa leste da Líbia e a ilha de Creta;
- Mar de Mármara, entre as partes europeia e asiática da Turquia, ligado ao Egeu pelo Estreito de Dardanelos e ao mar Negro pelo estreito de Bósforo;
- Mar Negro; encravado entre a Europa, a Anatólia e o Cáucaso, ligado ao mar de Mármara pelo estreito de Bósforo;
- Mar de Azov, um enclave do mar Negro, represado entre a península ucraniana da Crimeia e a península russa de Taman. É ligado ao mar Negro pelo estreito de Kerch;
- Mar Levantino, porção do Mediterrâneo que banha o Egito, o Levante e o sudeste da Turquia.
- Golfo da Guiné, no continente africano.

Borda oeste - Américas

Varrendo a borda leste do oceano Atlântico, de norte para sul, encontramos:

- Baía de Baffin, entre a Groenlândia e a parte insular do Canadá;
- Baía de Hudson, encravada no Canadá e também alimentada pelo Oceano Ártico;
- Baía de James, prolongamento para sul de Hudson, entre os estados canadenses de Ontário e Quebec;
- Mar do Labrador;
- Golfo de São Lourenço;
- Golfo do México;
- Baía de Campeche, sul do golfo do México, banhando os estados México de Campeche, Tabasco e Veracruz;
- Mar do Caribe;
- Golfo da Venezuela;
- Mar dos Sargaços;
- Mar Argentino.

Oceano Índico

- Mar Vermelho
- Golfo de Áden
- Golfo Pérsico
- Mar de Aral
- Golfo de Omã
- Mar Arábico
- Baía de Bengala
- Mar Morto

Oceano Ártico

- Mar de Barents
- Mar de Kara
 -Mar de Beaufort
- Golfo de Amundsen
- Mar de Chukchi
- Mar de Laptev

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Danúbio

O Danúbio é o segundo rio mais longo da Europa (depois do Volga), e tem entre 2.845 e 2.888 quilômetros de extensão, atravessando o continente de oeste a leste, desde sua nascente na Floresta Negra (Alemanha) até desaguar no mar Negro, no delta do Danúbio (Romênia).

O rio passa por diversas capitais da Europa e constitui a fronteira natural de dez nações. As mais importantes cidades nas suas margens são Ulm,Ingolstadt, Ratisbona, Linz, Viena, Bratislava, Budapeste, Vukovar, Novi Sad,Belgrado, Ruse, Brăila e Galaţi.

Países da Bacia Hidrográfica: Alemanha, Áustria, Eslovaquia, Hungria, Croácia, Sérvia, Bulgária, Roménia, Moldávia, Ucrânia