Chegou então o momento do espetáculo que Hitler vinha planejando todo esse tempo, a cruzada contra o bastião judaico-eslavo-bolchevista da Rússia soviética. Embora invadir a Russia seja considerada um erro, quando olhada em retrospectiva, a Primeira Guerra Mundial vira a França sobreviver enquanto a Rússia entrava em colapso, de modo que, se a Alemanha pôde vencer a França agora, então a conquista da Rússia seria um passeio.
Pegos de Surpresa
O ataque inicial, em maio de 1941, provou isso, pois os soviéticos foram apanhados completamente de surpresa. Os alemães bombardearam os aviões soviéticos ainda no solo, e facilmente romperam e flanquearam as unidades de frente do inimigo. Por fim, a batalha chegara a um ponto que exércitos soviéticos inteiros eram cercados e destruídos.
Enquanto avançava na Rússia, a Wehrmacht era acompanhada dos Einsatzgruppen, unidades especiais designadas para matar judeus, comunistas e outros indesejáveis. A queda de cada grande cidade soviética era logo seguida de um massacre. Dos 5,7 milhões de soviéticos feitos prisioneiros durante todo o curso da guerra, 3,3 milhões morreram por negligência e brutalidade, em uma política deliberada por parte dos nazistas para erradicar os eslavos subumanos. Prisioneiros de nações de mesma ancestralidade, como a Grã-Bretanha e os Estados Unidos foram tratados de maneira muito melhor, e a maioria sobreviveu.
Pegos de Surpresa
O ataque inicial, em maio de 1941, provou isso, pois os soviéticos foram apanhados completamente de surpresa. Os alemães bombardearam os aviões soviéticos ainda no solo, e facilmente romperam e flanquearam as unidades de frente do inimigo. Por fim, a batalha chegara a um ponto que exércitos soviéticos inteiros eram cercados e destruídos.
Enquanto avançava na Rússia, a Wehrmacht era acompanhada dos Einsatzgruppen, unidades especiais designadas para matar judeus, comunistas e outros indesejáveis. A queda de cada grande cidade soviética era logo seguida de um massacre. Dos 5,7 milhões de soviéticos feitos prisioneiros durante todo o curso da guerra, 3,3 milhões morreram por negligência e brutalidade, em uma política deliberada por parte dos nazistas para erradicar os eslavos subumanos. Prisioneiros de nações de mesma ancestralidade, como a Grã-Bretanha e os Estados Unidos foram tratados de maneira muito melhor, e a maioria sobreviveu.
Devido à enorme extensão do território soviético, derrotar os russos levaria mais tempo do que as poucas semanas que foram necessárias para esmagar os franceses, mas por volta de dezembro os exércitos alemães já haviam cercado Moscou quase completamente. Entretanto, os meses de batalhas contínuas haviam desgastado a eficiência de combate do exército alemão, de modo que ele não conseguiu fechar o círculo antes da chegada do inverno. A iniciativa passou para o Exército Vermelho, e eles empurraram os alemães de volta, mas não conseguiram causar muito dano à capacidade de combate do exército germânico. Com a chegada da primavera, os alemães retomaram a ofensiva, agora avançando para o sul, na direção dos campos de petróleo das montanhas do Cáucaso.
Batalha de Stalingrado
A fim de cobrir seu avanço para o Cáucaso, os alemães precisavam consolidar sua linha de frente em Stalingrado, atualmente Volvogrado. Não apenas isso evitaria que os exércitos soviéticos dos sul recebessem reforços, mas também daria aos alemães uma cabeça de ponte do outro lado do rio Volga, a última barreira natural antes dos montes Urais, na borda leste da Europa.
Em agosto de 1942, depois de avançar célere pelos arredores da cidade, os alemães foram bloqueados a poucos quarterões do rio por uma desesperada defesa soviética. Os russos transformaram os destroços dos prédios em fortalezas, e a luta ficou atolada em tiroteios intensos, a curta distância, rua por rua, quarteirão por quarteirão, e, nas grandes fábricas e lojas de departamentos, seção por seção. Durante o dia, atiradores de tocaia esperavam pacientemente nas ruínas para colocar uma bala em qualquer parte do corpo visível de um alemão. À noite, siberianos e tártaros se infiltravam nas posições inimigas isoladas, com facas e baionetas, para retalhar um inimigo despreparado para a luta corpo a corpo.
A guerra urbana corroeu os efetivos alemães com tal ferocidade que os flancos rurais da sua linha em Stalingrado eram guarnecidos por tropas dos aliados italianos e romenos. Os russos lançaram dois grandes movimentos de torquês contra os francos germânicos em novembro, esmagando-os e fazendo um bolsão que deixou encurralados 275 mil homens na cidade devastada. Os homens encurralados nesse bolsão foram deixados sem alimentos, e bombardeados e atacados durantes os meses seguintes, até que finalmente, em fevereiro de 1943, os remanescentes, em estado deplorável, se renderam. A maioria estava tão abatida, com ulcerações causadas pelo frio e malnutridos que nem mesmo sobreviveram à jornada para os campos de prisioneiros de guerra soviético. Menos ainda sobreviveram depois de chegarem lá.
Subestimando os Soviéticos
Hitler tinha tinha subestimado grosseiramente a capacidade de resistência dos soviéticos. Especificamente, havia ignorado sua capacidade de aprender as táticas do Exército alemão com inteligência. Porque as forças soviéticas se portaram de um jeito particular no passado – por exemplo, adentrando uma armadilha deixada pelos alemães, na Batalha de Cracóvia, na última primavera –, ele achou que eles se comportariam de forma parecida no futuro. Mas desde o nível mais alto do governo soviético – Joseph Stalin – até o soldado mais comum, a máquina militar soviética havia mudado.
Nos últimos meses, Stalin tinha se tornado menos ditador em relação aos seus generais seniores – ele tinha, por exemplo, permitido que Zhukov e Vasilevskii começassem e desenvolvessem a Operação Uranus desimpedidos –, enquanto avanços também eram feitos no treinamento e coordenação das unidades individuais. Mais importante, os soviéticos tinham desenvolvido técnicas de maskirovka (ilusão) para ocultar sua formação militar dos alemães.
Possivelmente 750 mil soldados e 140 mil civis morreram na Batalha de Stalingrado, tornando-a a segunda mais sangrenta batalha da história da humanidade. Sim, essa foi a segunda. A batalha mais sangrenta de toda a história foi a que se travou simultaneamente em Leningrado, na qual morreram 1,5 milhões de soldados e civis.
Batalha de Leningrado
Em setembro de 1941, depois que os alemães haviam avançado até os subúrbios de Leningrado, hoje São Petersburgo, seus aliados finlandeses fecharam o círculo por detrás e isolaram a segunda maior cidade da União Soviética. Como o alto-comando soviético envidara poucos esforços para evacuar a população, 3 milhões de civis se viram encurralados, sem esperança de receber suprimentos. Sem poder contar com a ajudar de fora, a população de Leningrado esticou suas rações o mais que pôde, depois comeram os animais, depois comeram relva, cintos e cascas de árvores, depois comeram uns aos outros, e finalmente morreram de fome às centenas de milhares.
Durante o inverno, os soviéticos construíram uma estrada que atravessava a superfície gelada do lago Lagoda para levar suprimentos para a cidade, e evacuar os civis, mas a obra ficou vulnerável aos ataques aéreos, e afundou na água ao primeiro delego. Por fim, o Exército Vermelho conseguiu abrir um estreito corredor para a cidade, mas essa estrada ainda ficava a fácil alcance da artilharia e das aviações alemãs. Não foi senão em janeiro de 1944, quando as batalhas em outros lugares já empurravam as linhas de frente na direção da Alemanha, que o sítio terminou sem que a cidade fosse conquistada.
Operação Cidadela
Por volta de 1943, a frente russa se desenvolvera dentro de um padrão previsível. Os russos atacavam no inverno, e os alemães faziam o mesmo no verão. Durante o verão de 1943, o alto-comando alemão planejou a Operação Cidadela, para esmagar o saliente Kursk, duas poderosas ofensivas com tanques, uma de cada lado, e eliminar por completo o grupo de exércitos local dos soviéticos. A batalha de julho foi a maior batalha de blindados já ocorrida na história, mas os avanços alemães diminuíram de intensidade, depois pararam, e por fim recuaram face a uma contra-ofensiva. Pela primeira vez em dois anos de guerra, os russos haviam vencido uma batalha sem neve.
O consenso em meio aos alemães - somente aos alemães - era que a União soviética seria rapidamente derrotada. Na época, Hitler achou que cinco meses seriam o suficiente. Percebendo agora, sabendo, como sabemos, dos imensos recursos industriais e humanos que a União Soviética conseguiu mobilizar para essa guerra, parece quase incompreensível que houvesse uma visão tão difundida - em meio aos Aliados, assim como dentre os alemães - que o regime Stalin iria ruir.
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