sábado, 17 de agosto de 2013

Guerra de Independência Cubana

A Guerra de Independência Cubana ou Guerra de 95 (1895–1898), é o nome pelo qual se conhece a última das três guerras pela independência dos cubanos contra o domínio espanhol, sendo as outras duas, a Guerra dos Dez Anos, de 1868 a 1878, e a chamada Guerra Chiquita ('Guerra Pequena'), entre 1879 e 1880. 

Depois de três meses, o conflito se agravou, evoluindo para a Guerra Hispano-Americana e foi uma das últimas guerras americanas contra o Reino da Espanha. 

O conflito teve início com o "Grito de Baire", em 24 de fevereiro de 1895, e terminou em 1898, com a rendição das tropas realistas antes a armada estadunidense. 

Estima-se que mais de 300 mil pessoas morreram nesta guerra.

Sobre a Segunda Guerra da Independência

A primeira tentativa do povo de derrubar o governo espanhol fracassara na Guerra dos Dez Anos (1868-78), com a perda de 200 mil vidas. A geração seguinte resolveu tentar novamente. A industrialização do processamento do açúcar concentrara a moagem em poucas mãos, causando desemprego e bancarrota em larga escala, o que, por seu turno, radicalizou a pobreza.

Exilado em Nova York, o poeta e jornalista José Martí declarou a independência de Cuba em 1895 e voltou para casa a fim de liderar a luta, mas foi emboscado e morto no fim de poucos meses. Seus seguidores continuaram avançando e conseguiram estrondoso sucesso em 1896. Os camponeses simpatizantes espionavam as forças espanholas, que os rebeldes incomodavam com sortidas e emboscadas. Os rebeldes tentavam fazer Cuba inútil para a Espanha, reprimindo a produção do açúcar. Destruíam plantações isoladas e evitavam confrontos em campo aberto com as bem-armadas tropas regulares. 

Em janeiro de 1897, o governo espanhol passou a rebelião para o general Valeriano Weyler, que estava prestes a inventar uma nova espécie de horror a ser implantada no mundo – os campos de concentração. No mês de sua chegada a Cuba, Weyler cercou quase 300 mil camponeses na zona de guerra e os confinou em campos fortificados, depois do que qualquer cubano capturado fora dali seria considerado rebelde e executado. 

A Guerra Hispano-Americana

Um dos poucos pontos de concordância entre ambos os lados era a necessidade de manter os Estados Unidos fora da guerra. Tanto a Espanha quanto os rebeldes sabiam que, uma vez provocados, os americanos iriam simplesmente descer e ocupar Cuba. Os investidores americanos dominavam a economia cubana, e os Estados Unidos vinham discutindo a anexação de Cuba desde que a expansão americana alcançara o golfo do México, uns oito anos antes. Era de importância vital não lhes dar uma desculpa para concretizar isso. O único segmento mais importante da população de Cuba que via os Estados Unidos como a salvação eram os proprietários de terras cubanos. Eles só queriam que a guerra terminasse e a estabilidade voltasse.

O povo americano simpatizava, em geral, com os rebeldes. Os jornais americanos atiçavam o ódio aos espanhóis expondo, avidamente, cada nova atrocidade nas primeiras páginas. Os Estados Unidos estavam à beira da intervenção e enviaram o USS Maine para o porto de Havana, a fim de manter um olho nos interesses americanos durante os tumultos na cidade. Então, de repente, na noite de 15 de fevereiro de 1898, uma explosão partiu em dois o navio americano, destruindo a parte da frente e matando dois terços da tripulação. A explosão provavelmente começou como um incêndio acidental no depósito de carvão do navio, mas na época ninguém duvidou de que aqueles malditos espanhóis haviam atacado o Maine. A febre da guerra ferveu, e a América deu um ultimato, exigindo que a Espanha saísse de Cuba. Os espanhóis se recusaram.

A guerra foi rápida e objetiva. Tanto nas Filipinas quanto em Cuba, os navios de guerra americanos destruíram facilmente as antiquadas e desguarnecidas frotas espanholas, de uma distância segura, mal sofrendo um arranhão. Uma força americana expedicionária rapidamente reunida tomou Cuba em dez semanas, e o custo da guerra para os Estados Unidos foi de apenas 385 mortes em combate.

Os americanos haviam feito tamanho escarcéu sobre a independência cubana que não podiam anexar sua nova conquista imediatamente. Eles tiveram de dar à Cuba a aparência de soberania, mas estabeleceram cláusulas nos tratados que garantiam o controle americano no governo de Cuba por muitos anos futuros.

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