sábado, 17 de novembro de 2012

Valentiniano III

Valentiniano, Justa Grata Honória (sua irmã)
e Gala Placídia em miniatura na coroa do rei Desidério,
 no Museu de Santa Júlia.
Valentiniano III foi um imperador romano do Ocidente que reinou entre 425 e 455), já na fase da decadência do império. Permaneceu na dependência de Teodósio II, imperador do Oriente. No seu reinado, perdeu a Bretanha e deixou os Vândalos instalaram-se no império, tal como os Hunos, pouco tendo feito de relevante, apesar de ter estado muitos anos no trono.

Ascensão ao trono 

Valentiniano deve o seu trono ao primo Teodósio II. Ascendeu ao trono imperial em 23 de outubro de 425, quando tinha apenas seis anos. Inicialmente, sua mãe, Gala Placídia, exerceu as funções de regente, mas a partir de 433 o poder passou para as mãos do comandante-em-chefe Flávio Aécio.

As invasões bárbaras 

O imperador do Oriente, Teodósio II, cedeu a margem sul do Danúbio ao controle huno, e pagou uma enorme soma para que esses bárbaros não chegassem mais perto, mas o imperador do Ocidente, Valentiniano, tinha muitas outras prioridades, e não tinha dinheiro bastante para proteger sua metade do império. Os hunos atravessaram o Danúbio e assolaram a Panônia romana (Hungria ocidental), fazendo rápidas pilhagens, de vez em quando, para manter a prática.

Enquanto isso, o imperador romano estava com a sua atenção desviada por um dos mais destrutivos episódios de rivalidade entre parentes na história. A irmã de Valenciano, Honória, viu-se envolvida romanticamente com o administrador de suas terras, coisa politicamente perigosa, de modo que eles conspiraram para derrubar o irmão dela antes que ele descobrisse o romance.

Infelizmente chegaram atrasados; o imperador já sabia. Ele mandou decapitar o amante da irmã e teria feito o mesmo com ela não fosse a intervenção de Placidia. A família imperial tentou, então forçar Honória a casar com um senador idoso e seguro, mas ela foi inflexível na sua recusa. Finalmente todo mundo concordou que Honória deveria ser despachada para Constantinopla, onde ficaria confinada.

Tendo perdido o primeiro embate, Honória escreveu secretamente para Átila, o rei dos hunos, propondo uma aliança conjugal, confiando a seu eunuco a entrega da carta ao chefe bárbaro, juntamente com seu anel, para garantir a autenticidade da proposta. Quando a nova conspiração foi descoberta, o imperador do Oriente Teodósio II, rapidamente devolveu o problema para Ravena, despachando Honória de volta para casa, com o conselho de que seu primo, Valenciano, deveria concordar com o casamento por motivos políticos. Placidia concordou, mas Valenciano ficou furioso. Foi necessário toda a influencia de Placidia para dissuadi-lo de mandar matar sua irmã por toda a confusão que ela causara; entretanto, tanto Placidia quanto Teodósio II morreram por essa época, o que deixou a decisão final para Valenciano, que não tinha nada a ver com aquela união. Honória, foi forçada a casar com um romano sem importância e foi exilada, desaparecendo da história depois disso.

Átila Contra o Império Romano

Infelizmente não foi fácil demover Átila da ideia. A ele fora prometida uma noiva imperial, e dane-se, era melhor que pagassem. Ele avançou contra o império para reivindicar Honória, além de um esperado dote de metade do império. Atacando pelo rio Reno, ele varreu o norte da Gália, deixando atrás de si uma reputação de destruição que perduraria por mil anos. 

Conforme os hunos penetravam cada vez mais no fundo do pais, outro saque de Roma parecia provável, mas Átila mudou de ideia depois de encontrar-se com algumas pessoas notáveis locais, tais como o papa Leão. Ninguém sabe por que Átila fez meia-volta e voltou para sua terra, mas possíveis explicações incluem tudo, desde a milagrosa aparição dos apóstolos Paulo e Pedro, passando por um surto de peste, a percepção por parte de Átila de que seus recursos estavam no limite até um simples pagamento. 

Assassinato e vingança 

Destes acontecimentos catastróficos aproveitaram-se os adversários de Flávio Aécio, que persuadiram Valentiniano III a desembaraçar-se dele. Aécio acabou pois assassinado por ordem do próprio imperador, em 454. Mas pouco depois, em 16 de março de 455, subitamente, dois soldados do corpo da guarda pretoriana às ordens de Aécio vingaram-se de Valentiniano III, assassinando-o.

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