sexta-feira, 10 de maio de 2013

A Guerra de Sucessão da Áustria

A Guerra de Sucessão da Áustria (1740-1748) foi um conflito europeu causado pela Pragmática Sanção, segundo a qual o imperador Carlos VI legou o Sacro Império Romano à filha, Maria Teresa da Áustria. Do ponto de vista militar, destacaram-se as campanhas de Frederico II, o Grande e Maurício de Saxe. O fim definitivo da guerra foi selado pelo Tratado de Aquisgrão.

A guerra, desencadeada após a morte do imperador Carlos VI (1740), foi motivada pela ambição da Prússia, da Baviera e da Espanha. Frederico II apoderou-se da Silésia (1740-1741), ao mesmo tempo em que os franco-bávaros ocupavam a Boémia e a Alta Áustria. A Áustria, que garantira a aliança inglesa, cedeu a Silésia à Prússia (1742), concedendo, em seguida, a paz à Baviera, depois de a derrotar (1745). A França invadiu Flandres, garantindo o domínio dos Países Baixos pela vitória de Fontenoy, embora não tivesse conseguido conservar qualquer de suas conquistas no tratado de paz de Aquisgrão, que pôs fim ao conflito.

Frederico II e a Conquista da Silésia

O imperador Habsburgo da Áustria, Carlos VI, não teve filhos e, infelizmente, cada um dos seus territórios possuía suas próprias leis sobre herança para tratar disso. Em alguns, não havia problema em passar o domínio para, digamos uma filha ou um cunhado. Outros proibiam que os direitos fossem transmitidos para mulheres; preferiam passar a herança para tios ou primos. O imperador, no entanto, queria que tudo fosse para a sua filha mais velha, Maria Theresa, e empenhou-se em converter todas as potências europeias a assinarem um cordo (a Sansão Pragmática), dizendo que concordariam e não criariam confusão. Parecia não haver problema.

No entanto, o jovem rei da Prússia, Frederico II (que logo seria Frederico, o Grande), procurava uma desculpa para sair fazendo conquistas gloriosas por toda a Europa. Depois que o imperador Carlos morreu, Frederico desencadeou um acordo medieval entre príncipes mortos, que dava a província austríaca da Silésia para a Prússia antes de entregá-la a qualquer mulher.

Ninguém na Europa considerou convincente o argumento, e a invasão da Silésia (hoje na Polônia Ocidental) foi repudiada como uma aventura tola, fadada a cair frente à maior potência da Europa central. No primeiro conflito, em Mollwitz, os austríacos facilmente expulsaram a cavalaria prussiana, com Frederico no meio, e então se voltaram contra a isolada infantaria prussiana; no entanto, a disciplina e o treinamento dos prussianos surpreenderam a todos, e a sua infantaria se manteve firme liquidando a cavalaria atacante. Depois um contra-ataque prussiano esmagou também a infantaria austríaca. Maria Theresa foi obrigada a aceitar a perda da Silésia. 

A Europa Entra em Guerra 

Com a Áustria derrotada, a França percebeu que tinha a oportunidade perfeita para espezinhar o inimigo abatido e, então, declarou guerra. A Bavária e a Saxônia - que ansiavam quebrar a hegemonia austríaca na Alemanha - aderiram também. Entrementes, a Grã-Bretanha já estava em guerra com a França no auto-mar e além-mar; como o império britânico era, por dinastia, ligado ao Estado alemão de Hanover, auxiliou os austríacos.

A guerra ferveu por todos os habituais campos de batalha e caminhos da Europa central, mas cada um dos aliados tinha objetivos diferentes, de modo que não conseguiam coordenar bem suas estratégias. No fim, os austríacos conseguiram deter os abutres e restringir suas perdas apenas à Silésia.

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