sábado, 30 de março de 2013

Invasão Vicking na Grã-Bretanha

Inglaterra por volta de
800.
A Crônica Anglo-Saxônica registra a incursão de 793 contra o mosteiro de Lindisfarne como ponto de partida na longa história de ataques vikings contra a Grã-Bretanha.

Após um período de saques e incursões, os vikings começaram a colonizar a Inglaterra e ali comercializar. Chegaram em barcos com bons exércitos, em sua maioria dinamarqueses, e tomaram para si praticamente todos os reinos ingleses, que eram independentes. A partir do fim do século IX, governavam parte considerável do território inglês, no que era conhecido como o Danelaw.

Alfredo, o Grande impediu a invasão dos vikings em seu reino, Wessex, por meio da construção de diversas fortalezas. Seu sucesso contra as incursões vikings e a reorganização do reino por ele empreendida fizeram com que a história lhe outorgasse o epíteto "o Grande".

O desafio Viking e a ascensão de Wessex

De acordo com as Crônicas Anglo-Saxãs, o primeiro ataque viking na Grã-Bretanha ocorreu em 793 no monastério de Lindisfarne. Entretanto, nesta época, os vikings já se encontravam, quase com certeza, bem estabelecidos em Orkney e Shetland, desta forma, é provável que muitos outros ataques (não registrados) tenham ocorrido antes. Registros mostram que o primeiro ataque viking em Iona ocorreu em 794. A chegada dos vikings, em especial do grande exército dinamarquês, desorganizou a geografia política e social da Grã-Bretanha e da Irlanda. A vitória de Alfred, o Grande em Edington em 878 estancou o ataque dinamarquês, entretanto, naquela altura Nortúmbria tinha se transformado em Bernicia e um reino viking, Mércia tinha sido dividida ao meio e Ânglia Oriental tinha deixado de existir como uma organização política anglo-saxônica. Os vikings tiveram efeitos semelhantes sobre os vários reinos escoceses, pictos e, em menor grau, galeses. Certamente, no norte da Grã-Bretanha os vikings foram uma das razões por trás da formação do Reino de Alba, que finalmente evoluiu para a Escócia.

A conquista da Nortúmbria, noroeste da Mércia e Ânglia Oriental pelos dinamarqueses difundiu assentamentos dinamarqueses nestas áreas em larga escala. No início do século X, os governantes noruegueses de Dublin assumiram o controle do reino dinamarquês de York. Assentamentos dinamarqueses e noruegueses tiveram impacto suficiente para deixar marcas significativas na língua inglesa, muitas palavras fundamentais do inglês moderno são derivadas do nórdico antigo, apesar das 100 palavras mais usadas no inglês moderno serem, em sua grande maioria, originárias do inglês antigo. Da mesma forma, muitos nomes de lugares em áreas de colonização dinamarquesa e norueguesa possuem raízes escandinavas.

Ao final do reinado de Alfred, em 899, ele era o único rei inglês remanescente, tendo reduzido Mércia a uma dependência de Wessex, governado por seu genro Aethelred. A Cornualha (Kernow) estava sujeita ao domínio de Wessex e os reinos galeses reconheceram Alfred como seu suserano.

Unificação inglesa

Alfredo de Wessex morreu em 899 e foi sucedido por seu filho Eduardo, o Velho. Eduardo, e seu cunhado Etelredo, a partir do que sobrou da Mércia, iniciou um programa de expansão, construção de fortalezas e cidades em um modelo Alfrediano. Com a morte de Etelredo, sua esposa Ethelfleda, irmã de Eduardo, governou como "Senhora dos Mercianos" e continuou com a expansão. Parece que Eduardo teve seu filho Athelstane criado na corte da Mércia, e com a morte de Eduardo, Athelstane o sucedeu no reino de Mércia e, depois de algumas incertezas, em Wessex.

Athelstane continuou a expansão de seu pai e sua tia e foi o primeiro rei a alcançar regência direta do que nós consideramos hoje a Inglaterra. Os títulos atribuídos a ele em documentos e moedas sugerem um domínio ainda mais amplo. Sua expansão despertou mal-estar entre os outros reinos da Grã-Bretanha, em função disto, Athelstane derrotou um exército combinado escocês-viking na Batalha de Brunanburh. No entanto, a unificação da Inglaterra não era uma certeza. Sob governo dos sucessores de Athelstane, Edmund e Edred, os reis ingleses repetidamente perderam e reconquistaram o controle da Nortúmbria. No entanto, Edgar, que governou o mesmo território de Athelstane, consolidou o reino, que se manteve unido posteriormente.

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