sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sirinx

Havia uma certa ninfa, cujo nome era Sirinx, muito querida pelos sátiros e pelos espíritos dos bosques; ela, porém, não se entregava a nenhum, sendo fiel cultuadora de Ártemis, e dedicava-se à caça. Quem a visse em suas vestes de caça a teria tomado pela própria Ártemis; a única diferença é que seu arco era de chifre e o da deusa, de prata. 

Certo dia, quando ela voltava da caça, Pã encontrou-a disse-lhe isto e muito mais. A ninfa correu, sem parar para ouvir as lisonjas, e ele a perseguiu, até as margens do rio, onde a agarrou, dando-lhe apenas tempo de gritar pedindo a ajuda de suas companheiras, as ninfas da água. Estas ouviram e acenderam ao pedido. Pã abraçou o que acreditava ser o corpo de uma ninfa e na verdade era apenas um feixe de juncos!

Como desse um suspiro, o ar, atravessando os juncos, produziu uma melodia melancólica. Encantado com a novidade e com a doçura da música, o deus exclamou: "Assim, pelo menos, serás minha."

Tomou alguns juncos, de tamanhos desiguais, colocou-os lado a lado, e assim construiu o instrumento que chamou de Sirinx, em homenagem à ninfa. 

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