terça-feira, 25 de setembro de 2012

Gustavo Adolfo, rei da Suécia

Gustavo Adolfo na Batalha de Breitenfeld.
Gustavo Adolfo, (9 de Dezembro de 1594 — 6 de Novembro de 1632), rei da Suécia, foi um dos grandes campeões da causa protestante. Foi alcunhado de Leão do Norte pelos seus progressos na arte da guerra, nomeadamente pela introdução de peças de artilharia ligeira, que podiam ser mais facilmente deslocadas no campo de batalha. Assim que subiu ao trono, em 1611, com apenas dezesseis anos, viu-se envolvido em guerras: inicialmente com a Polônia, Dinamarca e Rússia. Resolveu rapidamente o assunto com a Dinamarca e Rússia, mas a guerra com a Polônia arrastou-se até 1629, quando a venceu. Nessa altura, Gustavo já era considerado um dos melhores guerreiros do seu tempo.

Em 1630 decidiu intervir na Guerra dos Trinta Anos, na qual os Protestantes passavam por dificuldades. Alguns dos seus oponentes troçaram do rei de gibão de cabedal, chamando-o de "Rei das Neves" e afirmando que se derreteria quando chegassem os climas quentes do Sul.

Estilo de Guerrear

A espinha dorsal de um exército durante a Guerra dos Trinta Anos era um bloco compacto de mosqueteiros e piqueiros. Os piqueiros usavam compridas lanças para manter o inimigo a uma distância segura, enquanto os mosqueteiros os fuzilavam. Para romper um bloqueio da infantaria, esquadrões de cavaleiros em armaduras de aço avançavam trotando para recarregar as armas. Esses assaltos tediosos eram repetidos diversas vezes, geralmente sem causar grande impacto. Na época, a artilharia era constituída de peças grandes e difíceis de manejar, e as guarnições dos canhões podiam ainda estar chegando ao campo de batalha e aprestando suas armas quanto a batalha já terminara.

Gustavo Adolfo mudou tudo isso. Ele reduziu o tamanho dos canhões de campanha e tornou-os leve o bastante para serem transportados com maior rapidez na batalha, e romper os grandes e compactos blocos de infantaria. Também treinou sua cavalaria a atacar a galope com lanças e sabres; estendeu sua infantaria em uma linha, em vez de um bloco compacto, tornando-a menos vulnerável ao bombardeio de canhões, além de usar os piqueiros de forma ofensiva. 

Uso de Uniforme e a Companhia das Esposas

O uso de uniformes não era uma coisa comum para os exércitos do início da Era Moderna, e a maioria dos soldados se vestia como trabalhadores comuns, com roupas resistentes, confortáveis, suplementadas por couraças, arranjos ou ornamentos que pudessem arrumar. O único modo de distinguir amigo de inimigo era pelas gigantescas bandeiras de batalha que cada unidade levava. 

Todo exército era seguido por uma multidão de mulheres, que cozinhavam, lavavam a roupa e serviam de enfermeiras. Gustavo Adolfo e muitos generais calvinistas insistiam para que essas vivandeiras fossem exclusivamente esposas dos soldados. A partir de então, as acompanhantes dos exércitos ganharam uma reputação de não ser mais dos que prostitutas, mas elas eram muito mais do que isso, e nenhum exército podia sobreviver sem elas.

Gustavo derrotou e matou um dos mais brilhantes generais do lado católico-romano, o conde de Tilly. Em 1632, na Batalha de Lucena (Lutzen), Gustavo defrontou o ainda mais temível Albrecht von Wallenstein, a quem derrotou, mas morreu conduzindo uma carga de cavalaria.

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