quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Guerra Franco-prussiana

A guerra franco-prussiana ou guerra franco-germânica (19 de julho de 1870 - 10 de maio de 1871) foi um conflito ocorrido entre Império Francês e o Reino da Prússia no final do século XIX. Durante o conflito, a Prússia recebeu apoio da Confederação da Alemanha do Norte, da qual fazia parte, e dos estados do Baden, Württemberg e Baviera. A vitória incontestável dos alemães marcou o último capítulo da unificação alemã sob o comando de Guilherme I da Prússia. Também marcou a queda de Napoleão III e do sistema monárquico na França, com o fim do Segundo Império e sua substituição pela Terceira República Francesa. Também como resultado da guerra ocorreu a anexação da maior parte do território da Alsácia-Lorena pela Prússia, território que ficou em união com o Império Alemão até o fim da Primeira Guerra Mundial.

O Trono Vago da Espanha

A Espanha nunca se recuperou inteiramente da ocupação napoleônica. Durante o meio século que se seguiu à restauração do antigo regime, o país foi dilacerado por uma série de guerras civis, intercaladas com frágeis períodos de cessar-fogo. Por fim, em 1868 a rainha foi expulsa, e os espanhóis começaram a procurar outro monarca.

Ironicamente, a Espanha não chegou a participar ativamente do multicídio desta guerra, mas as encrencas espanholas tendem a se irradiar e perturbar o restante do mundo. O trono vago foi oferecido a um príncipe prussiano, mas a França proibiu isso terminantemente, de modo que a Prússia resmungou, mas recuou. A França então insistiu que o rei Guilherme I da Prússia prometesse jamais considerar tal oferta novamente, uma exigência que Guilherme achou ridícula. A crise estava quase resolvida diplomaticamente, mas o chanceler prussiano Otto von Bismarck notou que o ódio pelos franceses era a única coisa que toas as pequenas nações na Alemanha tinham em comum. Uma crises suficientemente grande poderia ser usadas para unir os príncipes alemães menores sob um governo prussiano, caso todos ficassem bastante raivosos, de modo que Bismarck ficou provocado a França sobre o trono espanhol até Napoleão II, o imperador francês, declarar guerra. 

A Batalha de Sedan

Na batalha de abertura, os alemães concentraram sua ala esquerda e atacaram a ala direita dos franceses, impedindo-a em debandada para o sul. Enquanto os alemães aumentavam a cunha e rumavam para Paris, a ala esquerda dos franceses também recuou, mas na direção oposta, para o norte. Então a principal força alemã impeliu essa metade do exército francês para Metz, onde foi isolada e cercada. A antiga ala direita da França então se recompôs e se reagrupou entre os alemães e Paris. Em termos militares esse meio exército não tinha chance de derrotar os alemães, mas politicamente os franceses precisavam ao menos fazer uma tentativa. Quando eles avançaram para libertar seus compatriotas cercados em Metz, foram envolvidos e capturados pelos alemães em Sedan. Até Napoleão III caiu prisioneiro.

O Cerco de Paris 

Com seu imperador nas mãos dos alemães, o povo francês proclamou a volta da república e foi dançar nas ruas, até lembrar que os alemães continuavam avançando. Eles queriam negociar, mas o preço alemão era alto demais. O governo francês retirou-se para a cidade, mais segura, de Tours, no vale do Loire, e tentou atabalhoadamente arregimentar um exército novo nas províncias. Os parisienses criaram milícias, arrebanharam o gado dentro da cidade e se fortificaram para a chegada do exército alemão.

Os alemães cercaram Paris tão completamente que o governo foi forçado a enviar mensagens por pombos, e funcionários por balões. O cerco a Paris se arrastou por meses a fio, enquanto os habitantes acabavam com os suprimentos estocados. Depois começaram a comer ratos, insetos e vermes, animais do zoológico ou bichos de estimação. A artilharia alemã bombardeava a cidade.

Enquanto a capital morria à míngua, o governo francês vasculhava o interior em busca de homens suficientes para arregimentar outro exército. Chegaram a alinhavar dois exércitos novos para enfrentar os alemães, um no rio Loire e outro perto da fronteira suíça. Nenhum causou qualquer dano, de modo que a França finalmente desistiu.

Comuna de Paris

A Europa pode ter perdido um imperador com a queda de Napoleão III, mas ganhou um novo quando o rei Guilherme da Prússia foi promovido a imperador de todos os alemães. Enquanto isso, o caos político na França viu o primeiro governo socialista europeu, a Comuna de Paris, tomar o poder na cidade. Quando o governo nacional tentou desarmar a milícia parisiense, os membros da Comuna se recusaram, de modo que o exército francês avançou e foi erradicando a Comuna quarteirão por quarteirão. À medida que cada bolsão de resistência se rendia, os rebeldes eram enfileirados e fuzilados. 

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