domingo, 26 de maio de 2013

Descobrimento da America: America Central e Pacífico

Viagem de Balboa em 1513
Em 1502, o irmão Nicolau de Ovando, de uma Ordem religiosa espanhola, chegou a Hispaniola com 2.500 colonos. Convidou todos os chefes nativos para um esplêndido banquete na sua própria casa e depois os matou. Escravizou facilmente os líderes nativos remanescentes, deixados sem liderança. No ano seguinte, Ponde de Leon esmagou uma rebelião na extremidade daquela ilha, com o massacre de 7 mil tainos. Os espanhóis se espalharam por toda aquela área, e a população registrada da ilha rapidamente declinou de 60 mil, em 1509, para 11 mil, em 1518.

Com os nativos morrendo de excesso de trabalho, doenças incomuns para eles e a disciplina férrea, os espanhóis começaram a fazer incursões nas ilhas vizinhas para angariar mão de obra nova. Quando essas ilhas também ficaram esgotadas de gente, eles foram para a ilha seguinte e depois outra, até que todos os indígenas das Índias Ocidentais estavam ou escravizados ou, em proporção cada vez maior, mortos.

A América Central

Durante diversos anos os navegadores haviam esbarrado numa grande massa de terra a sudoeste das Índias Ocidentais, uma delas com um rio tão grande que deveria drenar água de um continente inteiro. Uma tentativa inicial de colonizar a região foi abandonada logo que os espanhóis viram a selva e seus nativos ameaçadores. A bordo estava Vasco de Balboa que, em vez de continuar a exploração, decidiu se estabelecer em Hispaniola, onde não teve muito sucesso como fazendeiro.

Em 1508, quando outra grande força espanhola partiu para conquistar o continente ocidental, Balboa se escondeu como clandestino entre os suprimentos da expedição, a fim de escapar de seus credores. Embora o primeiro impulso do comandante da frota fosse de abandonar o clandestino na ilha seguinte, Balboa convenceu-o de que sua experiência anterior no continente poderia lhe ser útil.

A expedição desembarcou no Panamá, fundou uma cidade, matou alguns nativos e começou a explorar os arredores, apoderando-se de ouro sempre que encontravam. Quando o comandante da empreitada começou a cobrar impostos sobre o ouro dos colonos, Balboa chefiou um motim que o levou ao comando. Logo chegou o novo governador, vindo de Hispaniola, para assumir o controle da colônia, mas Balboa o aprisionou e o empurrou para o mar numa canoa fazendo água, a qual nunca mais foi vista.

Chegada ao Pacífico

Enquanto explorava a fundo o interior da terra, trocando ou roubando quinquilharias e joias de ouro dos indígenas, Balboa ouviu histórias de outro oceano, além da terra firme, onde havia abundância de ouro, talvez relacionado com o Império Inca do Peru. Após esta notícia, Balboa organizou uma expedição espanhola de 190 (que era Francisco Pizarro) e 800 índios que primeiro atravessou o istmo do Panamá para verificar se aquela poderia ser uma nova passagem para a Ásia. 

Gravura de Theodor de Bry (1594):
Vasco Núñez de Balboa 'larga'
seus cães de ataque por cima
de homossexuais masculinos
efeminados da terra.
Abriu caminho a custo, lutando com tribo após tribo, e despojando-as de ouro e pérolas. Quando descobriu que os homens de uma tribo se vestiam de mulheres, ele fez com que seus cães de caça os despedaçassem. Finalmente, no dia 25 de setembro de 1513 avistou o cobiçado mar, que ele chamou de Mar del Sur por causa da direção seguida pela expedição do ponto de partida, mas foi mais tarde chamado o Oceano Pacífico através da emissão de Fernão de Magalhães (1520) por causa do suave vento soprando ventos alísios na mesma. Depois de tomar posse do mar em nome da Espanha, Balboa e seus homens retornaram para Darien em janeiro de 1514

Esse foi o zênite de sua carreira. Um novo governador enviado pela Coroa, Pedrarias, logo substituiu e fez decapitar Balboa. Esse homem mostrou ser mais cruel do que Balboa, varrendo de cena quase todos os indígenas locais, à procura de ouro.

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