A Trácia é uma região histórica do sudeste da Europa. Antiga região macedônia, era habitada por populações de raça pelásgica. Atualmente é dividida entre a Grécia, Turquia e a Bulgária. É banhada, a leste, pelo mar Negro e pelo estreito do Bósforo; ao sudeste, pelo mar de Mármara; e ao sul, pelo estreito do Dardanelos e pelo mar Egeu.
A Trácia foi um grande corredor natural para os povos Indo-Europeus que passavam em direção à Grécia (Aqueus, Jônios, Eólios e Dórios) ou à Anatólia (Hititas, Frígios, Celtas). Foi povoada pelos Trácios, que deram o nome ao país, e sofreu invasões pelos Citas.
Foi conquistada pelo general persa Mardônio que a incorporou ao império de Dario I em 512 a.C.. Segundo Heródoto, a Trácia formou a satrapia III-B do Império Persa, até ser abandonada pelos iranianos em meados do século V a.C. Formou-se aí então um reino, no leste do país, o Reino Odrísio, sob os governos, consecutivos, de Hebryzelmis, Cótis e Cersobleptes; este último tentou unificar todos os Trácios sob seu domínio, mas foi derrotado por Filipe II da Macedónia, que lhe conquistou o país.
Com a morte de Alexandre, o Grande (filho de Filipe II) em 323 a.C., a Trácia foi legada ao seu general Lisímaco após a partilha do Império Macedônico.
Tardiamente anexada ao Império Romano (no ano 43 a.C., isto é, quase duzentos anos após a conquista da vizinha Macedônia por Roma), a Província da Trácia acabou por tornar-se na região mais importante do império, em função da transferência da capital para Constantinopla. Nos extertores do Império do Oriente, o tardio Thema da Trácia era, além de alguns enclaves e ilhas, tudo o que restava do velho império.
Para os Otomanos, Trácia e Rumélia (nome relativo a Roma, isto é, ao Império do Oriente) eram topônimos que se confundiam. Da Rumélia Otomana também fazia parte a Macedônia.
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