segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Héracles - ou Hércules

Hércules é o nome em latim dado pelos antigos romanos ao herói da mitologia grega Héracles, filho de Zeus e da mortal Alcmena, que era esposa de Anfitrião.  Segundo o mito, aproveitando o fato de Anfitrião estar ausente, em batalha, Zeus se caracterizou como ele, e se fez passar pelo mesmo. Ao retornar da batalha, Anfitrião descobriu a traição, e, irado construiu uma grande fogueira para queimar Alcmena viva. Zeus então, mandou nuvens de chuva para apagar o fogo, o que acabou fazendo com que Anfitrião aceitasse a situação. Hércules, portanto, nasceu do encontro de Zeus e Alcmena.

A deusa Hera, esposa de Zeus, enciumada pela traição, enviou duas serpentes para matar Hércules ainda no berço. Não teve exito, pois ainda bebê, Hércules estrangulou as serpentes com as próprias mãos.

Quando adulto, Hera provocou em Hércules um ataque de fúria, que o levou a matar sua esposa Mégara e seus três filhos. Como punição pelo crime, o oráculo de Delfos o incumbiu de doze tarefas de extremo risco. Essas tarefas são chamadas de “Os doze trabalhos de Hércules”. São eles:

Os Doze Trabalhos de  Hércules

Hércules e o Leão de Neméia
1. No Peloponeso, estrangulou o Leão da Nemeia - filho dos monstros Ortros e Equidna - que devastava a região e que os habitantes do local não conseguiam matar. Hércules vendo que não conseguia vitória com sua clava ou suas setas matou-o com as próprias mãos. Acabada a luta arrancou a pele do animal com as suas próprias mãos e passou a utilizá-la como peça do vestuário. A criatura converteu-se na constelação de leão. Chegando a frente de Euristeus, este ficou tão assustado com a demonstração de força de Hércules, que ordenou que as próximas provas de vitória fossem feitas fora da cidade. 

Hércules e a Hidra de
Lerna
2. Matou a Hidra de Lerna, filha monstruosa de duas criaturas grotescas, a Equidna e Tifão. Era uma serpente com corpo de dragão, que possuía nove cabeças (sendo que a do meio era imortal), mal eram cortadas, e exalavam um vapor que matava quem estivesse por perto. Hércules matou-a cortando suas cabeças enquanto seu sobrinho Iolau impedia sua reprodução queimando suas feridas com tições em brasa. A nona cabeça foi enterrada debaixo de um grande rochedo. A deusa Hera enviou ajuda à serpente – um enorme caranguejo, mas Hércules pisou-o e o animal converteu-se na constelação de Câncer (do latim cancer, "caranguejo"). Por fim, o herói banhou suas flechas com o sangue da serpente para que ficassem envenenadas.  

Hércules e a  Corça de Cerineia
3. Alcançou correndo a Corça de Cerineia, um animal lendário, com chifres de ouro e pés de bronze. A corça, que corria com assombrosa rapidez e nunca se cansava, era Taígete, ninfa que, para fugir a perseguição de Zeus foi transformada por Ártemis no animal. Como ela tinha uma velocidade insuperável, Hércules a perseguiu incansavelmente durante um ano até que, exausta, foi atingida por uma flecha disparada pelo herói. Ferida levemente, foi levada nos ombros do herói até o reino de Euristeu. Em outra versão do mito, Héracles tinha de capturar a corça, mas sem machucá-la; ele a perseguiu durante um ano, até conseguir pegá-la com uma rede, porém ela acabou se ferindo. O herói pôs então a culpa em Euristeu, para que Ártemis se zangasse com ele. Em uma terceira versão, Hércules levou um ano para realizar o trabalho a seguir, que era capturar a corça que habitava o monte Cerineu. Este animal parecia ser mais tímido do que perigoso, e sagrado para Ártemis; Hércules finalmente aprisionou-a e estava levando-a para Euristeu quando se encontrou com Ártemis, que estava muito zangada e ameaçou matá-lo pelo atrevimento em capturar seu animal; mas quando ficou sabendo sobre os trabalhos, concordou em deixar Hércules levar o animal, com a condição que Euristeu o libertasse logo que o tivesse visto. 

Hércules e o Javali de Erimanto
4. Capturou vivo o Javali de Erimanto, que devastava os arredores, ao fatigá-lo após persegui-lo durante horas. Euristeu, ao ver o animal no ombro do herói, teve tamanho medo que foi se esconder dentro de um caldeirão de bronze. As presas do animal foram mostradas no templo de Apolo, em Cumas.  


5. Limpou em um dia os currais de Aúgias, rei de Élida, que continham três mil bois e que há trinta anos não eram limpos. Estavam tão fedorentos que exalavam um gás mortal. Para isso, Hércules desviou o curso dos rios Alfeu e Peneu, fazendo-os passar por dentro dos estábulos, limpando-os.   

Monstros do Lago Estínfalo

6. Matou no lago Estínfalo, com suas flechas envenenadas, monstros cujas asas, cabeça e bico eram de ferro, e que, pelo seu gigantesco tamanho, interceptavam no vôo os raios do Sol. Com seu arco, conseguiu matar alguns e os outros, expulsou a outros países. 



Hércules e o Touro de Creta
7. A sétima tarefa de Hércules era levar o Touro de Creta vivo até Euristeu, que por sua vez entregaria-o a Hera. O touro era enraivecido e aterrorizava o povo da ilha grega de Creta, pois Poseidon, o deus dos mares, o havia oferecido a Minos, rei local, em um sacrifício, e o rei não teve coragem de sacrificar um animal tão bonito e tão forte. Hércules não só capturou-o como, montado no animal, levou-o até Euristeu. 

Cavalos Cuspidores de Fogo

8. Castigou Diómedes (rei da Trácia), filho de Ares, possuidor de cavalos que vomitavam fumo e fogo, e a que ele dava a comer os estrangeiros que as tempestades arrolavam à sua costa. O herói entregou-o à voracidade de seus próprios animais. 




9. Venceu as amazonas, tirou-lhes a rainha Hipólita, apossando-se do cinturão mágico que ela vestia e oferecendo a Admeta, filha de Euristeus, que desejava muito possuir a jóia. 

Hércules e  Gerião
10. Levou a Euristeus os bois de Gerião, monstro de três cabeças que vivia na Ilha de Eritéia, da qual Gerião era o rei. Depois de uma longa viagem, Hércules chegou à fronteira da Líbia e Europa onde, segundo a lenda, abriu uma passagem no meio de uma montanha, dando origem ao Estreito de Gibraltar (canal que separa a Europa da África). Para consegui os bois, Hércules teve de matar o gigante Eurítion e seu cão de duas cabeças.

Hércules e Atlas
11. O seu décimo primeiro trabalho foi colher os pomos de ouro do Jardim das Hespérides, após matar o dragão de cem cabeças que os guardava. O dragão foi morto por Atlas, que o ajudou. E durante o trabalho, Hércules sustentou o céu nos ombros no lugar do titã.  Os pomos eram maças dedicadas à Juno, por ocasião de seu casamento e eram vigiadas por um dragão. Alguns estudiosos acreditam que os pomos de ouro eram as laranjas da Espanha.

Hércules e o Cão Cérbero
12. O último trabalho consistiu em trazer do mundo dos mortos o seu guardião, o cão Cérbero. Hades autorizou-o a levar Cérbero para o cimo da Terra sob a condição de conseguir dominá-lo sem usar as suas armas. Hércules lutou com ele só com a força dos seus braços, quase o sufocou, dominando-o. Depois levou-o a Euristeu, que, com medo, ordenou-lhe que o devolvesse.

Ao realizar as doze tarefas, além de se redimir pela morte de sua esposa e de seus filhos, Hércules conquistou a imortalidade. Casou-se com Dejanira, que sem querer lhe causou a morte usando do veneno da Hidra que ele tinha matado em seu segundo trabalho: após Hércules ferir mortalmente o centauro Nesso com flechas envenenadas no sangue da Hidra, este deu seu sangue a Dejanira, dizendo que era uma poção do amor, para ser usada na roupa. Dejanira acreditou, e, quando sentiu ciúmes de Íole, usou o sangue de Nesso para banhar as roupas de Héracles, que sentiu dores de queimadura insuportáveis, preferindo o suicídio na pira crematória.

Na condição de imortal, Hércules foi transportado para o Olimpo, onde se casou com a deusa da juventude, Hebe.

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