Logo após seu nascimento, Urano, horrorizado com a natureza monstruosa dos seres que havia gerado, escondeu-os nas profundezas do Tártaro. Cronos, cumprindo uma profecia do oráculo de Delfos, ajudou-os a escapar do Tártaro e a formar uma rebelião que culminaria com a castração de seu pai, Urano. Depois da queda de Urano, Cronos subiu ao poder e voltou a aprisioná-los no Tártaro.
Os hecatônquiros foram novamente libertados do Tártaro por Zeus, que havia sido orientado por sua avó Gaia de que eles poderiam ser decisivos na titanomaquia, a guerra dos deuses olímpicos contra os Titãs. Nesta guerra, os hecatônquiros lançaram centenas de enormes pedras contra os Titãs, ajudando a derrotá-los.
Depois da vitória contra os Titãs, Briareu ganhou uma morada nas profundezas do mar Egeu, enquanto Coto e Giges se estabeleceram em palácios no rio Oceano.
Os Lestrigões
Os Lestrigões
Povo de gigantes antropófagos (canibais), habitavam a região de Fórmias, ao sul do Lácio, na fronteira com a Campânia. Quando Ulisses e seus companheiros lá aportaram, os gigantes atiraram enormes rochedos contra os navios. Todos afundaram, exceto o que transportava Ulisses, único sobrevivente do massacre.
Os Aloídas
Os Aloídas eram dois irmãos gêmeos, Oto e Efialtes, gigantes filhos de Poseidon e Ifimedia, esposa de Aloeu. Embora considerados gigantes, são posteriores aos filhos de Gaia e não têm nenhuma relação com eles. Segundo a descrição de Homero, distinguiam-se por uma grande beleza.
Conta a lenda que Ifimedia, apaixonada por Poseidon, costumava passear à beira do mar, pegando água das ondas em suas mãos e derramando-a em seu peito. Poseidon acabou cedendo ao seu amor e lhe deu dois filhos, Oto e Efialtes. Como seu esposo se chamava Aloeu, seus filhos passaram a ser conhecidos como Aloídas.
Eram gigantes fortes e agressivos, com um crescimento extraordinário: cada ano, cresciam cerca de 50 cm em largura e cerca de 150 cm em altura. Aos nove anos, com 13 metros de altura e 4,5 de largura, decidiram fazer guerra aos deuses.
Para isso, colocaram o monte Ossa sobre o monte Olimpo, e o monte Pélion em cima dos outros dois, ameaçando escalar o céu. Depois anunciaram que jogariam montanhas no mar para secá-lo, e colocariam o mar onde, até então, era a terra.
Aprisionaram Ares num vaso de bronze e o deixaram assim treze meses até que Hermes conseguisse libertá-lo, num estado de esgotamento extremo. Puseram-se em seguida a fazer a corte às deusas. Oto queria raptar Hera, enquanto Efialtes perseguia Ártemis.
Todas essas façanhas exageradas acabaram atraindo para os dois irmãos o castigo dos deuses. Ártemis, seguindo conselho de seu irmão Apolo, conseguiu enganar os gigantes, transformando-se em corça e saltando entre eles. Na ânsia de caçar o esplêndido animal, atiraram suas lanças um contra o outro, matando-se, porque eles só seriam mortos se um matasse o outro.
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