sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Divindades Aquáticas

Ponto é o antigo deus pré-olímpico do mar. Segundo Hesíodo, Ponto nasceu por partenogénese de Gaia, ou seja, Gaia gerou Ponto por si própria. Com Gaia, Ponto foi pai de Nereu (velho do mar), e de Taumante, dos aspectos perigosos do mar, Fórcis e sua irmã e esposa Ceto, e de Euríbia. Com Talassa (cujo nome também significa "mar", mas com uma raiz pré-grega), foi pai dos Telquines.

Nereu é um deus marinho primitivo, representado como um personagem idoso – o velho do mar. É filho de Pontos e de Gaia. Desposou a oceânide Dóris e foi pai de cinquenta filhas, as Nereiades, e de um filho, Nérites. O seu reino é o Mediterrâneo, e mais particularmente, o Egeu. É conhecido por suas virtudes e por sua sabedoria. Tem o dom da profecia e, como outras divindades, pode mudar de aparência. Ajudou vários heróis, como Hércules, que sempre conseguia descobri-lo, mesmo quando mudava de forma.

Proteu
Proteu é filho dos titãs Tétis e Oceano, ou ainda de Poseidon. Proteu era o pastor dos rebanhos de Poseidon. Reverenciado como profeta, tinha o dom da premonição e assim atraía o interesse de muitos que queriam saber as artimanhas do poderoso destino. Porém, ele não gosta de contar os acontecimentos vindouros; então, quando algum humano se aproximava, ele fugia ou metamorfoseando-se, assumia aparências marinhas monstruosas e assustadoras. Porém, se o homem fosse corajoso o bastante para passar por isso, ele lhe contava a verdade. 

Sua filha, a ninfa Eidoteia, ensinou a Menelau, rei de Esparta, o que ele teria que fazer para fazer Proteu contar como seria possível voltar a Esparta após a guerra de Troia. A ninfa Cirene também ensinou seu filho Aristeu o que fazer para poder saber do deus como reparar os seus enxames perdidos.

Tritão
Tritão é um deus marinho, filho de Poseidon e Anfitrite, geralmente representado com cabeça e tronco humanos e cauda de peixe. Ele é representação masculina de uma sereia. Ele é conhecido como o rei dos Mares. É um fiel servidor de seus pais, atuando como seu mensageiro e acalmando as águas do mar para que a carruagem de Poseidon deslize com segurança. Para tal ele se utiliza de búzios como instrumento, produzindo assim uma música apaziguadora. 

Glauco era uma divindade marinha cujas origens divergem em diferentes fontes. A sua história mais conhecida é aquela contada por Ovídio, que diz que Glauco nasceu um mortal, vivendo como pescador. Descobrindo acidentalmente uma erva mágica que conseguia trazer os peixes que apanhava de volta à vida, decidiu experimentá-la em si mesmo. Após comer da erva, Glauco também pulou na água, seguindo o exemplo dos peixes que reviveram. Foi acolhido pelas divindades aquáticas, e com o consentimento dos deuses Oceano e Tétis, foi lavado de tudo que era mortal, tornando-se imortal, e tendo sua forma mudada: seus cabelos se tornaram verdes como o mar, seus ombros alargaram-se e suas pernas se transformaram em uma cauda de peixe.   

Glauco cortejando
a ninfa Cila
Glauco apaixonou-se por Cila, uma bela ninfa, mas não foi correspondido: a ninfa sempre se afastava da água quando ele tentava aproximar-se, assustada pela aparência dele. O deus recorreu então ajuda à feiticeira Circe, pedindo-lhe que preparasse uma poção que fizesse que Cila o amasse. Porém, estando a própria bruxa já apaixonada por ele, tentou dissuadi-lo com palavras afetuosas. Ele, contudo, afirmou que árvores cresceriam no fundo do mar e algas no cimo das montanhas antes que ele deixasse de amar Cila. 

Enfurecida, Circe enfeitiçou a fonte em que Cila se banhava, para que esta se tornasse um monstro de doze pés e seis cabeças. Então, quando Cila finalmente entrou na fonte, viu serpentes na água. Tentando fugir, deu-se conta de que as serpentes eram na verdade o seu próprio corpo. A ninfa foi chorar a Glauco, que a recusou devido à sua aparência terrível. Circe esperou a visita do deus, mas ele, sabendo ter sido obra dela, não a perdoou pela crueldade. 

Glauco ainda tentou o amor de Ariadne, abandonada por Teseu na ilha de Naxos, mas, também não a conseguiu, pois Dionísio a desposou. 

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