segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Hestia - ou Vesta

Héstia - ou Vesta, na mitologia romana - é a deusa grega do lar e dos laços familiares, simbolizada pelo fogo doméstico.

Filha de Cronos e Reia, era uma das doze divindades olímpicas. Cortejada por Poseidon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus, e dele recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e mortais.

Embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era admirada por todos os deuses. Era a personificação da moradia estável, onde as pessoas se reuniam para orar e oferecer sacrifícios aos deuses. Era adorada como protetora das cidades, das famílias e das colônias.

Sua chama sagrada brilhava continuamente nos lares e templos. Todas as cidades possuíam o fogo de Héstia, colocado no palácio onde se reuniam as tribos. Esse fogo deveria ser conseguido direto do sol. Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam parte do fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra materna e com ele, acendiam a lareira onde seria o núcleo político da nova cidade.

Versão Rick Riordan

Em alguns aspectos, Héstia era muito parecida com a mãe, Reia. Tinha um sorriso sincero, olhos castanhos amorosos e cabelos pretos cujos cachos emolduravam o rosto. Era gentil e boa. Nunca falava mal de ninguém. Em uma festa no Monte Olimpo, Héstia não seria a primeira garota a chamar sua atenção; não era extravagante, exagerada nem maluca. Era mais como uma deusa qualquer, meiga e bonita de uma forma nada pretensiosa. Normalmente ela prendia o cabelo debaixo de um xale de linho. Usava vestidos simples e sem estampa e nunca passava maquiagem. 

Eu falei que ninguém a levava a sério, e é verdade: os outros deuses não eram de ouvir seus conselhos. Tendo sido a primeira a ser engolida pelo pai, Héstia foi a última a ser vomitada. Por causa disso, os irmãos pensavam nela como a mais nova, e não a mais velha; afinal, tinha sido a última a aparecer. 

Ela era mais calada e mais tranquila do que os irmãos, mas isso não quer dizer que eles não a amassem. Assim como Reia, Héstia era aquele tipo de pessoa que é impossível não amar. Mas havia um aspecto importante em que Héstia não era como Reia. A mãe dela era conhecida por ser... bem, mãe. A Grande Mãe. A Maior Mamãe. La Madre Grande. Já Héstia não queria saber de ser mãe. 

Ela não tinha problema nenhum com a família dos outros. Amava os irmãos e, quando eles começaram a ter filhos, amou os sobrinhos também. Seu maior desejo era que toda a família olimpiana se desse bem e passasse bons momentos reunida ao redor da lareira, conversando, jantando, jogando Twister ou qualquer outra atividade envolvente. Héstia só não queria se casar. Se vocês pensarem um pouco, vão entender o motivo. 

Héstia passara anos dentro da barriga de Cronos. Ela tinha uma memória muito boa, conseguia se lembrar até de Cronos engolindo-a, recém-nascida. Lembrava-se de ter ouvido a mãe chorando de desespero. Héstia tinha pesadelos em que o mesmo acontecia com ela. Ela não queria se casar e acabar descobrindo que o marido era um canibal engolidor de bebês. E não era paranoia sua. Ela tinha provas de que Zeus podia ser tão mau quanto Cronos. 

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